PGR questiona Butantan sobre estoque de insumos para produção da Coronavac

Instaurado na Procuradoria-Geral da República, o Gabinete Integrado de Enfrentamento da Pandemia da Covid-19 questionou o Instituto Butantan sobre o estoque do insumo farmacêutico importado da China para a produção nacional da Coronavac. O ofício, assinado pela subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, foi enviado nesta quarta-feira, 30.

No documento, Lindôra pergunta se existe atraso na entrega da matéria-prima pelo laboratório Sinovac Life Science e, em caso positivo, qual a expectativa da chegada de novos lotes do material.

Nesta semana, em coletiva de imprensa, o diretor do Butantan, Dimas Covas, reconheceu a demora no desembarque das substâncias em território brasileiro. Segundo explicou, o lote com 5,4 mil litros do insumo está pronto na China desde janeiro, e o Instituto espera recebê-lo até o fim deste mês.

A subprocuradora-geral da República ainda indagou qual a expectativa de produção da Coronavac para o primeiro semestre e para todo o ano de 2021. “A resposta oficial do instituto – quando for entregue ao Giac – será analisada e poderá embasar a adoção de providências pelo colegiado“, diz comunicado.

O colegiado enviou um ofício semelhante à Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, responsável pela produção da vacina de Oxford no Brasil. Neste caso, a autarquia informou oficialmente a alteração no cronograma de envio dos insumos pela farmacêutica AstraZeneca.

A entrega, inicialmente prevista para 9 de janeiro, foi adiada para o dia 23 do mesmo mês. De acordo com a Fiocruz, com o atraso, as primeiras doses da vacina devem ser liberadas para o Programa Nacional de Imunização somente a partir de março.