PF diz que articulador de esquema na saúde do Pará tem R$ 600 milhões em bens

29.09.20 14:41

Durante a investigação sobre possíveis desvios em contratos de 1,2 bilhão de reais da gestão de Hélder Barbalho, do MDB, no Governo do Pará, a Polícia Federal mapeou os bens do empresário Nicolas Tsontakis Morais. Apontado como articulador e operador financeiro do esquema que envolvia organizações sociais da área de saúde e integrantes do governo, o empresário tem em seu nome bens com valor estimado de 600 milhões de reais.

Somente para obter a qualificação de três organizações no governo paraense, Morais foi recompensado com um automóvel, diz a PF, cujo preço é de 450 mil reais. Mas os investigadores acreditam que os milhões em nome do operador podem não ser somente dele. A PF afirma na representação pela busca no gabinete de Barbalho e de prisão de dois secretários estaduais que há “a possibilidade de que o operador financeiro seja somente o gestor ou mesmo interposta pessoa dos proprietários desse patrimônio”.

Os investigadores descobriram que os contratos com o governo do Pará abasteciam os cofres das organizações sociais que, por meio de contratos superfaturados e fictícios, subcontratavam empresas ligadas ao operador e a outros integrantes do grupo.

Foram encontradas seis camadas de “interpostas pessoas” no caminho do dinheiro, desde a saída dos cofres públicos até o operador e os fraudadores. O prejuízo, como sempre, ficava com a população. Reportagens anexadas à investigação mostram os problemas nas unidades de saúde geridas pelas empresas envolvidas no esquema.

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  1. Alberto (Belém-Pa). Essa pedra já estava cantada há muito tempo. Essa família Barbalho, qual um câncer, tem seu sobrenome espalhado por diversos órgãos públicos no Pará. Assim como acontece em vários outros estados brasileiros (Pernambuco, Acre, Alagoas, Rio Grande do Norte, Maranhão, Ceará, Bahia, Paraiba e etc) o Pará sofre as consequências do familismo na política. Diz-se que se apanha para aprender, mas no caso do Pará essa máxima ainda não vingou. Aqui o povo não é vítima, é cúmplice.

  2. Filho de peixe, peixinho é. Nesse caso, filho de ladrão ladrãozinho é. Tal pai, tal filho. Jarder Barbalho e Helder Barbalho, dois corruptos donos do Pará.

  3. Povo pobre, carente e ignorante sempre vende seu voto para sobreviver. Sempre foi assim em todo Brasil. O Fundão, injetou mais alguns bilhões nesse mecanismo. O Brasil definitivamente não é para amadores. Nossos bandidos /políticos são profissionais especialistas em tirar muito de todos os pobres para dar pouco a alguns pobres e se reeleger.

  4. No STAFF do Governo do Pará encontra-se o Sr. Parsifal Pontes já condenado pela Justiça Federal por improbidade administrativa por fatos decorrentes de sua gestão como Prefeito do Município do Tucuruí. Certamente ele e o ex-Secretário de Saúde do Governo Hélder Barbalho, do qual possui um TRIPLEX em Porto Alegre, onde a PF encontrou acervo de obras de artes valiosas, foram escolhidos A DEDO para os cargos por suas capacidades intelectuais.

    1. Nada...As coisas explodiram quando eles assumiram o poder. Ou você esquece que ACM, Maluf, Sarney, Collor, etc, eram todos aliados da ditadura?

    2. " Tudo começou quando os militares sairam do poder " . Frase do Sr Odebrecht.

  5. Parabéns a Polícia Federal. Uma pena que depois de tanto trabalho investigativo e coleta de provas vem um vaga bu n do de um ministro qualquer do Safado Tribunal Federal e solta todos.

    1. De fato, não vai ser condenado na última instância. Acho que seria mais simples absolver na primeira. Seria mais barato para os brasileiros.

  6. Tem que cortar as mãos dessa gente. Helder ficará impune assim como o seu pai está impune até hoje por todo o mal que causou ao povo paraense!

    1. Verdade, Carlos. Jader impune até hoje: passou a fórmula mágica ao filho e a capitania hereditária continua a todo vapor.

  7. Só vejo solução quando a revolta sair dos teclados e ir para as ruas, e que se não forem ouvidas, das ruas evolua para os necrotérios.

  8. É a corrupção generalizada em praticamente todos os órgãos que lidam com o dinheiro público. A impunidade garantida pela Justiça, ora contaminada também, impulsiona mais ainda de tal modo que esses porcos ladrões assaltem com volúpia o Brasil.

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