Paulo Giandalia/AE

PF chegou a pedir prisão de Lulinha

10.12.19 11:33

A Polícia Federal chegou a pedir a prisão de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto), por causa da suspeita de corrupção envolvendo o recebimento de valores da Oi. O Ministério Público Federal se manifestou contra o pedido, que foi negado pela juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal em Curitiba.

“Havendo suficientes indícios de materialidade e autoria delitiva, presentes os requisitos legais do artigo 1º, incisos I e III, alínea ‘l’, da Lei nº 7.960/89, e visando à coleta de provas adicionais acerca da materialidade dos delitos em tela, representamos pela decretação da prisão temporária de Fábio Luís Lula da Silva, Kalil Bittar e Jonas Leite Suassuna filho Filho (sócios do Grupo Econômico Gamecorp/Gol), bem como de Ricardo Silva Machado, Alessandro Sargentelli, Amaury Mello, Roberto Bahiense e Sandro Araújo (Diretores do Grupo Gol), todos acima já qualificados, principais envolvidos em tratativas de contratos e pagamentos ora investigados e no episódio da ocultação/destruição de provas”, alegou o delegado Dante Pegoraro ao pedir a prisão.

O MPF demorou um ano e dois meses para se manifestar sobre o pedido da PF para prender Lulinha. Segundo os registros do processo, o delegado solicitou a prisão temporária do filho de Lula em uma representação protocolada em 15 de junho de 2018. No mês seguinte, no dia 20, os procuradores pediram 30 dias de prazo. Dois meses depois, em 19 de setembro, foram solicitados outros 60 dias para o então juiz Sergio Fernando Moro. No final de 2018, em 6 de dezembro, o MPF novamente pediu mais prazo, desta vez, por mais 90 dias. Por fim, somente em 27 de agosto de 2019 a força-tarefa de Curitiba se manifestou contra a prisão, mas favorável às buscas em endereços de alguns citados, mas não de Lulinha. 

“Não obstante de fato recaiam fundadas suspeitas da prática de crimes graves pelos investigados, o Ministério Público Federal entende que a decretação de suas prisões temporárias, no presente momento, não é necessária para as investigações”, disse o MPF em agosto de 2019.

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