Pesquisa Crusoé-Empiricus: Bolsonaro ganha no Sul; Ciro e Marina são melhores no Nordeste

12.09.18 09:00

Jair Bolsonaro tem melhor desempenho entre os jovens, quem mais estudou e os moradores da região Sul do país, mostra a pesquisa Crusoé-Empiricus.

O militar reformado, que lidera a disputa ao Palácio do Planalto, tem nos eleitores de 16 a 24 anos a maior taxa de eleitores que dizem votar nele com certeza: 24,5%.

Quando é analisada a escolaridade, o candidato do PSL se sai melhor entre aqueles que têm um diploma de ensino superior: 26,2% votariam nele seguramente, e outros 22,2% dizem que poderiam escolhê-lo.

Na geografia do voto, Bolsonaro leva mais vantagem na região Sul, onde 27,6% dos eleitores dizem que já o escolheram. Ele tem ainda outros 27,3% de votos possíveis. A fraqueza maior do candidato do PSL está no Nordeste, onde ele aparece com 17% de votos garantidos.

Ciro Gomes tem no Nordeste seu recorte mais definido e mais vantajoso. Na região, ele soma 11,3% de votos teoricamente assegurados, e outros 37,8% de votos possíveis. É uma diferença clara em relação a seu desempenho em outras partes do Brasil. No Sul, onde Ciro tem o pior resultado, 2% disseram que votariam nele com certeza, e 30,7% afirmaram que poderiam escolhê-lo.

Marina Silva aparece com baixo desempenho no Sul: 3,1% de votos declarados como certos e outros 29,7% de votos possíveis. Nas outras regiões do país, seu desempenho é bastante similar, com leve vantagem para o Nordeste nos votos teoricamente garantidos pela candidata. No recorte por idade, Marina tem melhor resultado na faixa etária de 25 a 34 anos, na qual aparece com 10,7% votos certos e outros 38,4% de votos possíveis. No quesito escolaridade, ela obtém vantagem no ensino fundamental, com 9,7% de votos com certeza.

O tucano Geraldo Alckmin, que governou São Paulo por 13 anos, tem no Sudeste seu melhor desempenho: 6,7% de votos certos e outros 29,9% de votos possíveis. Recortando-se por escolaridade, os eleitores que estudaram até o ensino médio são maioria entre os seus apoiadores, com 6,2% de votos certos e outros 3,3% de votos possíveis.

Fernando Haddad tem mais apoiadores no Nordeste e entre brasileiros de 35 a 44 anos. Entre os eleitores do Nordeste, 8% disseram que votariam nele, e outros 20,2% declararam que poderiam escolhê-lo para ser presidente. A região em que o petista alcança a pior marca é o Sul.

Alvaro Dias, por sua vez, está com melhor avaliação entre os idosos: 4,1% dos eleitores acima de 60 anos disseram que votariam nele certamente, enquanto outros 32,9% afirmaram que poderiam votar nele. Entre os jovens de 16 a 24 anos, por outro lado, apenas 0,6% declararam votos certos no candidato do Podemos. Ele tem mais vantagem na região Sul, com 6,5% de votos certos e outros 46,8% de votos possíveis.

João Amoêdo, que concorre pelo partido Novo, tem vantagem no público com ensino superior: 8% de votos de eleitores que dizem já tê-lo escolhido como seu candidato e outros 27,7% de votos possíveis. Na outra ponta, entre os que têm apenas o ensino fundamental Amoêdo aparece com parcos 0,5% de votos certos e outros 10% de possíveis. Na análise por faixa etária e região do país, o candidato do Novo vai mal entre os idosos e na região Sul do país.

Esta é a primeira pesquisa Crusoé-Empiricus. A Empiricus Publicações é sócia da Crusoé.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 11 de setembro. Foram entrevistados 2.010 eleitores em 167 municípios de todo os estados do país. A margem de erro é de 2% e o seu grau de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-02410/2018.

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  1. A manchete está errada: ela induz o leitor a pensar que Ciro e Marina estão melhores do que Bolsonaro no NE. Ele também vence com 19,3% na região. O certo seria "Ciro e Marina estão melhores no NE DO QUE EM OUTRAS REGIÕES".

  2. Eu entendo que há formas estatísticas de se fazer pesquisa eleitoral, entretanto não tem como não concordar com o que temos aí; Ibope, datafolha etc manipularem a forma de se fazer a pesquisa para ainda mais induzir a forma de votar do brasileiro, infelizmente !! Teatro das tesouras sem dúvida ! É tanta manipulação que deprime quem realmente tem informação !! Porque estamos de mãos atadas ! Não consigo ver futuro positivo para o povo brasileiro em nenhum dos primeiros candidatos.

  3. A pesquisa retrata bem o momento , não dá para votar nos conhecidos , Ciro , Marina, Haddad, Alkmim. Meirelles ,a incógnita, só fala de economia, não encanta , Amoedo era o meu candidato , hoje tenho dúvidas se ele terá jogo de cintura para aguentar o tranco, os outros não inspiram nem rejeição. A alegação sobre Bolsonaro estimular a violência é pífia, o PT e aliados pregaram a violência e a praticaram, no campo, nas ruas, contra os contrários. Bolsonaro acena com a proposta de mudança.

  4. Só um aviso pros antagonistas: a Empiricus e o sr Felipe Miranda não são flor que se cheire. Lembro de ter cancelado minha assinatura da Empiricus em 2016 por conta da PALHAÇADA que fizeram contra Donald Trump. Simplesmente contra qualquer bom senso prevalecente se aliaram à grande mídia para apedrejar o então candidato, a despeito do fato de seus assinantes pagarem para ter informações sobre mercado financeiro e não política. Quebraram a cara, e se mostraram indignos de confiança.

    1. Seu discurso é o mesmo dos petistas que reclamaram da tese do Fim do Brasil, onde eles avaliaram o pior cenário caso a Dilma ganhasse. Não tem dois pesos, duas medidas.

  5. Parabéns pela pesquisa e pó todos os comentários do O antagonista e da Crusoé, continuem firmes na perseguição ao que é certo !!

  6. Assisti a entrevista e muito me espantou o diretor de pesquisa dizer que, se o voto fosse facultativo no segundo turno estariam Bolsonaro e Haddad! Não concordo. Na minha opinião, ou Bolsonaro ganharia no primeiro turno, ou no segundo turno seu adversário seria o João Amoêdo.

    1. As coisas são como são, não como vc gostaria que fossem. Não cumpre ao diretor de pesquisa satisfazer a vontade de ninguém, quanto às suas avaliações, que são científicas não partidárias ou ideológicas. O Brasil é maior que sua vontade.

    1. Ele explicaram por quê não fizeram pesquisa de segundo turno. Tem uma razão bastante lógica. Se vc assistir a todo o vídeo e prestar atenção vai ver lá.

    2. Que decepção em pagar essa assinatura e, além de ver propaganda no site, ter o conteúdo sendo liberado a conta-gotas...

  7. No pequeno pedaço do programa que assisti percebi que as empresas de pesquisa usam truques de indução(como a ordem das perguntas) para colocar voto(num determinado candidato) na cabeça das pessoas. Isso não é crime eleitoral? Manipulação do eleitorado? Privilegiar interesses?

  8. Kd o PDF ???? Se demorar muito vai ficar desatualizado pois logo logo sai nova pesquisa e ai esta não vai nos interessar mais.

  9. Caceta! Não acredito que estou pagando assinatura pra ver propagandas no site! Vocês mudaram de ideia. O contrato nao era bem assim.

  10. Mario Sabino, Vocês acreditam que um ajuste reforçando no discursos do Bolsonaro direcionado para a área sócio-econômica e um ton de voz mais suave faria migrar CONSIDERAVELMENTE votos do Alkimim para o Bolsonaro?

  11. Crítica: vocês ficam dando pinceladas, soltando os números em artigos. Nada de um cenário geral, quase nada gráfico . Ficam falando de "pdf" na live, mas não se consegue achar pdf nenhum neste site. Se alguém for ao site do PR Pesquisas, terá que se cadastrar na Gazeta do Povo (?!) para conseguir ver... tá uma confusão! Precisam de mais simplicidade, porque pouca gente tem tempo para ficar lendo textos de cara (isso fica para depois do expediente) e agrupar dados em uma planilha para descobrir.

  12. Apoio Paulo Guedes, como neoliberal, porém , gostaria de ouvir opinião de vcs sobre eventual vitória do Ciro Gomes (pois vemos uma rejeição do Bolsonaro no segundo turno)como meio Keyneziano? E sua experiência no Ceará, vejo como melhor que o Hadadd, ou não?

    1. Vai sair o PDF, assista a live que ta falando da pesquisa.

    1. Os dados de rejeição são MT diferentes das concorrentes. Torço para estarem corretos e se estão devem ser exaustivamente divulgados

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