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Para sustentar narrativa contra tio de Guaidó, ditadura suspende TAP

17.02.20 19:02

A ditadura de Nicolás Maduro suspendeu os voos da companhia aérea portuguesa TAP para a Venezuela por 90 dias.

Na semana passada, o presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, retornou para Caracas no voo TP 173 da TAP, depois de reunir-se com diversos chefes de governo. Em seu desembarque, chavistas prenderam o tio de Guaidó, Juan José Márquez, que estava com o sobrinho. Para justificar a prisão, o presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Diosdado Cabello, afirmou que Márquez entrou no país com explosivos C4.

A acusação de Cabello soou como absurda, uma vez que seria improvável que alguém entrasse em um voo comercial em Lisboa com explosivos na mala. Para dar veracidade à denúncia, a ditadura optou por envolver a companhia aérea na sua narrativa.

“Devido a graves irregularidades cometidas no voo TP173 e em conformidade com os regulamentos nacionais da aviação civil, as operações da companhia aérea TAP no nosso território estarão suspensas por 90 dias. Trata-se de medida de precaução para proteger a segurança da Venezuela”, disse o ministro de Transporte da Venezuela, Hipólito Abreu, no Twitter.

Uma fonte oficial da TAP afirmou para o Diário de Notícias que não houve irregularidades no voo. “A TAP não compreende as razões dessa suspensão da operação para a Venezuela por 90 dias, uma vez que cumpre com todos os requisitos legais e de segurança exigidos pelas autoridades de ambos os países”.

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