Adriano Machado/Crusoé

Advogado de Lula vai insistir na absolvição

23.04.19 19:07

Em coletiva após a sessão da Quinta Turma do STJ que reduziu a pena imposta ao ex-presidente Lula no caso do tríplex no Guarujá nesta terça-feira, 23, o advogado do petista Cristiano Zanin Martins (foto) reafirmou que o foco da defesa continua sendo a absolvição, e considerou a decisão desta tarde um “início”.

“Não podemos deixar de registrar que houve um primeiro passo em relação à necessidade de debelar arbitrariedades ou abusos praticados contra o ex-presidente Lula. Pela primeira vez, um tribunal reconheceu que a pena aplicada ao ex-presidente, tanto pelo ex-juiz Sergio Moro quanto pelo TRF-4, é abusiva. É pouco, mas é o início”, afirmou o defensor do petista.

Zanin, contudo, não deixou de criticar o julgamento desta tarde e disse ainda que o STJ recorreu a “formalidades” para deixar de examinar o mérito do caso.

“Respeitamos o posicionamento exposto hoje pelos ministros, mas expressamos a inconformidade da defesa em relação ao resultado, já que entendemos que a absolvição é o único resultado possível, por isso vamos recorrer”, afirmou o defensor.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o petista conseguir a progressão para o regime semiaberto ainda neste ano, Zanin evitou falar em cálculos da pena e reiterou que o foco da defesa continua a ser a absolvição. Segundo o advogado, sequer foi instaurado um procedimento na Justiça Federal em Curitiba para que possa ser calculada a eventual remição de pena do ex-presidente.

Por unanimidade, a Quinta Turma do STJ reduziu nesta tarde a sentença do petista de 12 anos e um mês de prisão para oito anos, dez meses e vinte dias. Lula está preso na carceragem da PF em Curitiba desde abril do ano passado.

Além desta condenação, o petista também foi sentenciado a 12 anos e 11 meses pelo episódio do sitio utilizado por ele em Atibaia e que, assim como o tríplex, recebeu melhorias bancadas por empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobrás. Neste caso, porém, a defesa de Lula ainda não apresentou seu recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

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