Agência Brasil

Para a polícia, assassino de Camata premeditou crime

27.12.18 13:12

A Polícia Civil do Espírito Santo considera que o assassinato do ex-governador e ex-senador Gerson Camata (foto), nesta quarta-feira, 26, foi um crime premeditado. Camata foi morto com um tiro pelo ex-assessor Marcos Vinício Moreira Andrade quando passeava na Praia do Canto, bairro de classe média alta de Vitória.

Depois de preso, Andrade disse que só testemunharia formalmente na presença de um juiz. Mas ele chegou a falar para os policiais que o capturaram que encontrou Camata por acaso, e estava armado porque iria à Polícia Federal renovar o registro da pistola.

O delegado de Homicídios da Polícia Civil do Espírito Santo, Marcus Vinícius Rodrigues, não acredita nesta versão: o registro da arma estava vencido desde 2013. “Renovar cinco anos depois, justamente no dia em que encontrou o ex-governador?”, questionou.

Além disso, afirmou o policial nesta quinta-feira, 27, o procedimento poderia ter sido feito sem que ele precisasse levar a arma para a PF. O delegado acrescentou que testemunhas negaram que o ex-senador houvesse xingado Andrade, como afirmou o réu confesso aos agentes.

Camata havia sido acusado por Andrade de caixa dois e de ficar com parte do salário dos auxiliares, em 2009, e estas acusações o fizeram processar o ex-assessor. As denúncias também contribuíram para que ele não se reelegesse ao Senado.

Camata será enterrado na tarde de hoje, depois de velado no Palácio Anchieta, sede do governo do Espírito Santo. Ele era casado com a ex-deputada federal Rita Camata.

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  1. Dívida de honra é imprescritível e, para muitos, deve ser paga mesmo quando a justiça se omite ou funciona com o sinal invertido!

    1. Essa mesma justiça do ES que, há mais de 30 anos, absolveu os assassinos/estupradores da menina Aracely, deixando impune um crime que chocou todo o país. Nesse estado a regra parece ser a de que quem tem costas largas sempre se safa!

  2. Interessante a maneira como a Globo noticiou esse fato ontem, no JN. Omitiu o fato de que o ex-assessor foi processado (e condenado a indenizar o ex-governador por danos morais) pelas denúncias que havia feito. Se o ex-governador tivesse se contentado em somente se livrar das denúncias (alguém acha que não havia o “rachid” dos ganhos dos acessores?), mas não, quis vingar-se do denunciante e conseguiu bloquear R$ 60.000 de sua conta. Aí não tem nenhum santo.

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