Adriano Machado/Crusoé

Pacheco: ‘Amor ao Brasil não é colocar uma camisa da seleção e xingar STF e Congresso’

24.11.21 14:33

Cotado para a disputa pelo Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (foto), adotou tom de candidato no encontro nacional do PSD e fez um discurso marcado por recados a Jair Bolsonaro nesta quarta-feira, 24. Em um pronunciamento de cerca de 25 minutos, o parlamentar pregou o combate ao radicalismo, defendeu o respeito entre as instituições e disse que estará a serviço do partido em 2022.

Revelar amor ao Brasil, definitivamente, não é só colocar uma camisa da seleção brasileira e sair xingando o STF [Supremo Tribunal Federal], o Congresso e a política. Amor ao Brasil é praticar a cidadania, cumprir seus deveres, criticar de maneira respeitosa aquilo que se revela diferente”, disse, ao microfone.

Pacheco afirmou ser preciso conter o “extremismo” e a “cultura de ódio” que estão “acabando com o Brasil e, sem citar nomes, condenou autoridades que usam as redes sociais para atacar adversários. “Isso não é fazer política”, resumiu. O parlamentar disse ser difícil construir soluções para problemas reais, como a inflação, o desemprego e as crises hídrica e energética, “sem um planejamento sereno e que possa ouvir todas as vertentes”. “O dono da verdade, normalmente, é engolido por sua própria esperteza”, completou.

O senador citou a necessidade de reconstrução do país, além de abordar temas urgentes e que estão em alta, como o desenvolvimento sustentável, o combate ao desmatamento, o aprimoramento das leis trabalhistas, o enfrentamento do racismo e o desenvolvimento de políticas públicas voltadas a mulheres.

A grande reflexão que temos que fazer é: o Brasil está bem? Está num caminho bom? Está se apresentando como uma nação com desenvolvimento econômico, crescimento do PIB e combate ao desemprego de forma eficiente? Definitivamente, não. E precisamos ter alternativas para que o Brasil possa se submeter a uma mudança tranquila”, prosseguiu.

Pacheco assegurou que, em 2022, estará “de corpo, alma, mente e coração” à disposição do partido e pediu o alinhamento de uma pauta econômica livre de amarras ideológicas. “A economia precisa se reerguer dentro de fundamentos sólidos, previsíveis, claros e eficientes. Não se faz um plano econômico trazendo para a discussão valores morais, ideológicos, religiosos, de costumes”.

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