Tony Winston/MS

Os misteriosos agrados do governo ao ex-assessor de Cunha contratado por Queiroga

11.05.21 21:01

Nomeado assessor especial de Marcelo Queiroga no Ministério da Saúde nesta terça-feira, 11, Carlos Henrique Menezes Sobral tem recebido atenção especial do governo Jair Bolsonaro desde janeiro de 2019. Homem forte do MDB e ex-assessor de Eduardo Cunha, ele foi também chefe de gabinete de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo, durante a gestão de Michel Temer.

Após a eleição de Bolsonaro, Sobral não ficou desamparado. Em janeiro de 2019, pouco depois da posse, o afilhado de Eduardo Cunha e Geddel virou assessor da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social com direito a DAS 4, terceiro cargo mais alto na hierarquia dos comissionados, e um apartamento funcional.

Em julho do mesmo ano, ele perdeu o assento no Conselho Fiscal do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, o Senac, mas, no dia seguinte, ganhou uma vaga no Conselho Fiscal do Serviço Social do Comércio, o Sesc. Os jetons dessas entidades do Sistema S estão entre os mais polpudos da Esplanada, com pagamentos de 21 mil reais por reunião. O posto tem sido reservado a ministros próximos de Bolsonaro, como Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, Fábio Faria, das Comunicações, e Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional. Por isso, a indicação de um assessor do terceiro escalão e ligado ao MDB para a cobiçada vaga sempre causou estranheza.

Antes de ser alçado ao posto de assessor especial de Queiroga no Ministério da Saúde, Sobral exercia o cargo de diretor parlamentar da Secretaria Executiva do Ministério da Cidadania. A escolha para a Saúde é atribuída à base bolsonarista do MDB no Congresso, com quem Sobral mantém interlocução.

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