Adriano Machado/CrusoéFábio Faria

Os nós que Fábio Faria terá de desatar nas Comunicações

21.06.20 10:03

O novo ministro das Comunicações, Fábio Faria, terá de encarar algumas tarefas espinhosas à frente da pasta recriada pelo presidente Jair Bolsonaro na quarta-feira, 17. Além de pilotar a área de comunicação do governo, ele vai comandar o debate sobre temas como a chegada da tecnologia 5G ao Brasil, sua compatibilização com os interesses das tevês e as questões diplomáticas envolvidas, como a disputa entre a China e os Estados Unidos pela supremacia na corrida tecnológica.

O Ministério das Comunicações, sob Fábio Faria, também terá que superar gargalos nas áreas regulatória e tributária, além de tocar a privatização de grandes empresas públicas, como a Empresa Brasil de Comunicação, a Telebrás e os Correios.

A regulamentação da nova lei de telecomunicações, sancionada em outubro, e a questão da renovação de uso das radiofrequências são outros desafios que se impõem ao novo ministro logo em sua chegada. O direito de outorga de satélites e as concessões também preocupam especialistas do setor, mas nada se compara à dimensão da chegada da tecnologia 5G. O leilão para oferta da nova tecnologia será realizado pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, mas detalhes de grande relevância da disputa passam pelo governo. O ponto mais intrincado é uma possível imposição de restrições a fabricantes chineses de equipamentos, como a Huawei, atual líder de mercado do segmento.

Embalado pelo governo americano, o deputado Eduardo Bolsonaro, do PSL, é um dos grandes lobistas pelo veto aos chineses.

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