Reprodução/TV Globo

Orlando Diniz diz que contratos com Zanin eram 80% acima do mercado

14.09.20 21:00

Em delação premiada, o ex-presidente da Federação do Comércio do Rio Orlando Diniz (foto) afirmou que “todos” os contratos fechados entre a entidade e os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Zanin “tiveram majoração de 80% acima dos valores praticados pelo mercado”. As informações são de O Antagonista.

Os dois foram alvos de mandados de busca e apreensão na última semana, no âmbito da Operação E$quema S. Além disso, o Ministério Público Federal os denunciou por organização criminosa no esquema que teria desviado mais de 150 milhões de reais do Sesc e do Senac por meio da Fecomércio.

A colaboração premiada de Diniz conta com 50 anexos e uma centena de vídeos das audiências conduzidas pela força-tarefa da Lava Jato do Rio. Ao MPF, ele acusou os profissionais de liderarem uma organização criminosa formada por diversos escritórios de advocacia que atuaram no Superior Tribunal de Justiça, STJ, e no Tribunal de Contas da União, TCU.

No anexo 34, o ex-presidente da Fecomércio fala que a “ganância do grupo não teve limites” e que os advogados apresentavam contratos genéricos descrevendo “ações estratégicas” para justificar os repasses.

Ainda de acordo com o delator, “a estruturação para a vitória no STJ foi feita por Cristiano Zanin, Ana Basílio e Eduardo Martins” — este último é filho do presidente do tribunal, ministro Humberto Martins.

Diniz acrescentou que “eles articularam os valores dos honorários e demais escritórios participantes”. Ele ressaltou que as bancas nunca prestaram contas dos supostos serviços jurídicos prestados e que jamais discutiram estratégias jurídicas.

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