Divulgação/TSE

O silêncio da PGR que beneficia Rodrigo Maia

25.01.21 07:30

Próximo de encerrar seu mandato na presidência da Câmara, Rodrigo Maia foi beneficiado pelo silêncio do procurador-geral da República a respeito de uma investigação na qual a PF o aponta como destinatário de propinas da Odebrecht. Mesmo cobrado formalmente pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, Augusto Aras ainda não decidiu se denuncia ou não o parlamentar.

O relatório final da investigação foi entregue pela Polícia Federal ao STF e à PGR no dia 23 de agosto de 2019. O documento imputa a Maia e a seu pai, o ex-prefeito do Rio César Maia, o recebimento de 350 mil reais da empreiteira, em um esquema que contou com a ajuda do Grupo Petrópolis, dono da Cervejaria Itaipava, para mascarar a origem do dinheiro. A triangulação foi apelidada de “caixa três”.

Já naquela época, o ministro Fachin deu 15 dias para que a então procuradora-geral Raquel Dodge se posicionasse — o que nunca aconteceu. Em seu mandato, Aras tomou uma única decisão a respeito do caso: revisar inconsistências na investigação. Até o momento, não há conclusão sobre o tema.

Fachin voltou a cobrar, em duas ocasiões, em novembro e dezembro do ano passado, que o PGR se manifestasse com urgência. Foi ignorado por Aras.

Além dessa investigação, tramita na PGR outro inquérito ainda sem solução que envolve Rodrigo Maia: o que foi aberto com base em trocas de mensagens entre o deputado e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. A investigação, concluída pela PF em 2017, apontou indícios de crime de corrupção passiva. Segundo a polícia, o presidente da Câmara beneficiou a companhia em uma medida provisória em troca do recebimento de doações eleitorais.

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