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O que levou Kátia Abreu a ser favorita à vaga no TCU

28.11.21 11:03

Kátia Abreu (foto) já foi ministra de Dilma Rousseff, do PT, vice na chapa presidencial de Ciro Gomes, do PDT, e batalhou arduamente para derrubar o bolsonarista Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores no início deste ano, quando o escritor Olavo de Carvalho tuitou dizendo que ela “não presta”.

Apesar do histórico recente, que seria o suficiente para torná-la persona non grata no Palácio do Planalto, a senadora do Progressistas de Tocantins recebeu apoio do presidente Jair Bolsonaro em sua campanha para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da União, com a iminente saída do ministro Raimundo Carreiro, indicado para a embaixada do Brasil em Portugal.

O aval do governo tornou Kátia Abreu franca favorita para vaga — a parlamentar já era apoiada pelo grupo do senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, desafeto de Bolsonaro.

Também disputam a cadeira, cuja indicação compete ao Senado, os senadores Antonio Anastasia, do PSD de Minas Gerais, o preferido do presidente da casa, Rodrigo Pacheco, do mesmo estado e partido, e o líder do governo Fernando Bezerra, do MDB de Pernambuco.

Por trás do apoio do Planalto à senadora que é amiga de Dilma e lutou contra o impeachment da petista em 2016 está a relação de seu filho, o senador Irajá Silvestre (foto), do PSD, com o senador Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente. Os dois se tornaram melhores amigos no Senado e passaram a se frequentar nos últimos dois anos.

No início do ano passado, Flávio e Irajá foram juntos a Las Vegas, nos Estados Unidos, na comitiva que visitou cassinos americanos com o objetivo de propor um projeto para liberar os jogos de azar em resorts de luxo no Brasil. No último fim de semana, foi a vez do “01” ir a Palmas, capital do Tocantins, jogar futebol em um evento promovido pelo filho de Kátia Abreu.

Foi Flávio Bolsonaro quem articulou o encontro da senadora com o seu pai em julho, no Palácio do Planalto. Na conversa, Bolsonaro ouviu sobre as antigas convicções de Kátia Abreu, que já foi filiada ao DEM, PSD, MDB e PDT, antes de voltar ao PP de Ciro Nogueira e Arthur Lira no ano passado, e afirmou ela que poderia contar com seu aval para virar ministra do TCU. A indicação deve ser feita pelo Senado no mês que vem.

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