Adriano Machado/Crusoé

‘O que a Receita tinha de fazer na vida do meu filho, já fez’

22.08.19 19:57

Sem estar acompanhado de ministros ou de outros auxiliares de segundo escalão, como é comum, o presidente Jair Bolsonaro criticou, na live desta quinta-feira, 22, no Facebook, as investigações feitas contra seus parentes. A transmissão durou 21 minutos, tempo mais curto do que o de costume.

Bolsonaro não citou o nome do filho e senador Flávio Bolsonaro, que foi investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro até a apuração ser suspensa por decisão do presidente do Supremo Tribunal, Dias Toffoli. Mas ao tratar das acusações de tentar interferir no funcionamento da Receita Federal para proteger a família, o presidente disse que “tudo o que a Receita tinha de fazer na vida do meu filho, já fez”, para alegar que as mudanças que sugere no órgão não são ligadas a interesses particulares.

Ao tratar das mudanças no Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, nesta semana, o presidente afirmou que “tudo o que podiam fazer com a minha família, já fizeram”, reafirmando que o órgão havia quebrado os sigilos de parentes.

Bolsonaro sustentou que a mudança do Coaf para o BC foi uma consequência da decisão do Congresso que impediu a manutenção do órgão no Ministério da Justiça e o deixou na Fazenda, o que levou à nova reacomodação. Segundo Bolsonaro, a alteração “não agradou a essa minoria do Ministério Público, que faz tudo para me atingir”.

Ao tratar dos problemas das queimadas na Amazônia, ele insistiu que a questão é usada por países estrangeiros para prejudicar a imagem do Brasil. O presidente exibiu o endereço do perfil no Twitter do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete da Secretaria de Relações Institucionais, para o qual pediu que fossem enviadas informações sobre incêndios na Floresta Amazônica e os responsáveis pelas queimadas.

Bolsonaro admitiu que a falta de recursos do governo federal limita a capacidade de o governo fiscalizar a região. “Não tem dinheiro”, resumiu o presidente.

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