Marcos Corrêa/PR

O otimismo do governo com o depoimento de Marcelo Queiroga

06.05.21 10:00

Após dois dias de depoimentos que complicaram o governo, aliados do presidente Jair Bolsonaro estão mais animados com a oitiva do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Assim como o ex-titular da pasta Luiz Henrique Mandetta, o cardiologista fala bem, é articulado, e tem perfil técnico.
Desde que assumiu o cargo, Queiroga tem se notabilizado pelo empenho com que defende o chefe. “Negacionismo é negar o que o governo tem feito na ciência”, disse o ministro na última quarta-feira. Assim como Bolsonaro, Queiroga é crítico à imprensa. O Planalto aposta que o médico será um contraponto à fala de Mandetta e do ex-ministro Nelson Teich, que indicaram erros na política de combate à pandemia.

Líder da tropa de choque governista, o senador Marcos Rogério, do DEM, acredita que a oitiva de Queiroga será importante para a defesa da gestão Bolsonaro. “Considero que é um depoimento muito importante. É um médico respeitado no Brasil e fora dele, por suas posições como profissional de saúde”, diz Rogério. “A base do governo não tem preocupação em blindar nenhum depoente, o que interessa ao governo é a verdade”, acrescenta.

Depois de Queiroga, a CPI ouvirá o diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Antônio Barra Torres. Parlamentares de oposição querem pedir explicações sobre um caso revelado por Mandetta à comissão. Segundo o ex-ministro, integrantes do governo prepararam um decreto para mudar a bula da cloroquina e incluir o tratamento contra a Covid entre as indicações oficiais. De acordo com Mandetta, Barra Torres participou da reunião e se posicionou contra a proposta.

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