Reprodução/redes sociais

O nervosismo de Maduro com o ‘bobolongo’ de Guaidó

25.01.20 15:14

O presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, encontrou-se com o presidente da Colômbia, Iván Duque, no dia 20 de janeiro. Depois, viajou para a Europa e reuniu-se com diversos chefes de governo: a alemã Angela Merkel, o austríaco Sebastian Kurz, o britânico Boris Johnson, o grego Kyriakos Mitsotakis, o holandês Mark Rutte e o francês Emmanuel Macron (com Guaidó, na foto).

Também esteve com o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, com o secretário de estado americano, Mike Pompeo, com o ex-secretário de estado John Kerry, e com a filha de Donald Trump, Ivanka.

A acolhida internacional de Guaidó — que estava proibido de deixar a Venezuela — contrasta com o isolamento do ditador Nicolás Maduro, que evita deixar o seu país por medo de um golpe militar. “Maduro pensa que é forte, mas ele sequer pode sair de Caracas”, disse Guaidó em um discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Enquanto Guaidó se encontrava com líderes do mundo todo, Maduro concentrou-se em atacá-lo. “Quem diabos elegeu você, bobolongo? Imbecil, traidor”, disse Maduro. A palavra bobolongo em espanhol quer dizer tonto, bobo.

“Há uma certa paranoia de Maduro com essa viagem de Guaidó. Ele está muito nervoso. Se Guaidó voltar, o ditador terá um enorme problema para resolver”, diz o cientista político venezuelano Manuel Malaver. Se o presidente interino for preso ao pisar no aeroporto de Caracas, a pressão internacional será muito grande. “Uma detenção agora contribuiria para criar uma lenda em torno de Guaidó, como o que aconteceu com Nelson Mandela na África do Sul. Se, por outro lado, Maduro deixar Guaidó livre, o opositor convocará mais manifestações e aumentará a pressão popular. Qualquer que seja a decisão de Maduro, ele só tem a perder.”

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