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O interesse brasileiro nas negociações sobre etanol com a Índia

25.01.20 14:01

No sábado, 25, Brasil e Índia devem assinar doze acordos comerciais. Um deles será sobre etanol.

A produção de etanol brasileira, contudo, não tem excedente. O país chega até a importar etanol de milho dos Estados Unidos para suprir o mercado interno. Não haveria como exportar etanol brasileiro para a Índia em grandes quantidades.

O interesse brasileiro está no longo prazo. Para reduzir a emissão de gases que provocam o efeito estufa, mais de sessenta países regularam ou planejam implantar a exigência de uma quantidade de etanol na gasolina. Um aumento global na demanda de etanol seria atendido principalmente pela produção local, em vários países. O Brasil, então, poderia vender maquinário para os indianos. “Temos uma indústria de bens de capital bem desenvolvida e podemos ajudar a Índia com a construção de destilarias”, diz Eduardo Leão de Sousa, diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

Se o etanol se tornar uma commodity em todo o mundo, o Brasil poderia elevar a produção nacional para abastecer esses mercados. “No futuro, poderíamos suprir a parcela da demanda que não é atendida pela produção local”, diz Leão de Sousa.

Outro aspecto que importa ao Brasil é em relação ao mercado de açúcar. O governo da Índia tem subsidiado os produtores de açúcar nos últimos anos. A produção foi às alturas e o excedente foi lançado no mercado internacional a preços muito baixos, o que derrubou o preço do produto em todo o mundo.

No ano passado, o Brasil acionou a Organização Mundial do Comércio para reclamar do açúcar subsidiado indiano. O excesso de oferta levou a uma queda de 25% do preço e exportadores brasileiros perderam 1,3 bilhão de dólares.

Com a Índia incentivando a produção local de etanol, o risco de uma produção excedente de açúcar para exportação diminuiria, estabilizando o mercado. Se a Índia determinar que o combustível deve ter 10% de etanol, calcula-se que 4 milhões de toneladas de açúcar serão retiradas do mercado internacional.

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  1. Portanto, se o MERCADO DE ETANOL for de fato DESLANCHAR, isto é INEVITÁVEL e os PRODUTORES DE ETANOL se beneficiarão por INÉRCIA.

  2. Isto tb deveria ser VÁLIDO para uma AGRICULTURA ENXUTA, é a LEI DO MENOR ESFORÇO e em ECONOMIA esta diz que o MENOR ESFORÇO está onde a CONCORRÊNCIA É BAIXA e a DEMANDA ELEVADA, VIS A VIS com outros SETORES. Claro que na TEORIA é MAIS FÁCIL que na PRÁTICA, mas se um AGRICULTOR, INDUSTRIAL ou EMPRESÁRIO não é CAPAZ DE COMPETIR NEM NO MERCADO INTERNO, ele pode DESISTIR, pois CUSTOS DE LOGÍSTICA não são IRRELEVANTES e OFERECEM uma BARREIRA MÍNIMA DE MERCADO.

  3. Não só na AGRICULTURA, mas na INDÚSTRIA e nos SERVIÇOS, Governo e ELITE EMPRESARIAL deveriam trabalhar não só para melhorar o AMBIENTE DE NEGÓCIOS, mas para tb CONSTRUIR ESTRATÉGIAS DE ADAPTAÇÃO e DIVERSIFICAÇÃO, de maneira a garantir que não se INVERTA RECURSOS em CAPACIDADE INSTALADA e ESCALA DE SETORES que depois serão ALVOS DE CANIBALIZAÇÃO, tal como o SETOR DE AÇO. Isto significaria uma INDÚSTRIA ENXUTA que tem por OBJETIVO PRINCIPAL investir onde há MAIOR VALOR AGREGADO.

  4. Isto requer um ARCABOUÇO COMPLEXO, pois demanda PREPARAÇÃO e uma ESTRUTURA de SUPORTE ao AGRICULTOR para que ele possa tanto MONITORAR SEUS CONCORRENTES GLOBO AFORA quanto se valer dos MECANISMOS DISPONÍVEIS para EVITAR ou REDUZIR A CANIBALIZAÇÃO de seus MERCADOS. A partir do momento em que um país fala de ir à OMC, isto já é um INDICATIVO de que a FONTE DE RECLAMAÇÃO deveria ser SUBSTITUÍDA por uma OUTRA OPÇÃO MAIS LUCRATIVA.

  5. Enquanto INVESTIDORES, as DECISÕES de quais CULTURAS e RAMOS "INVESTIR" é o que determinam o RETORNO em TERMOS DA RELAÇÃO OFERTA X DEMANDA. Já como EMPREENDEDORES, as TÉCNICAS, TECNOLOGIAS e a GESTÃO EMPREGADAS por eles determinam o NÍVEL DE EFICIÊNCIA, colocando-os à frente ou atrás de seus CONCORRENTES. Unindo-se o MÁXIMO DOS DOIS, o que se teria é um AGRICOINVESTIPREENDEDOR, um INDIVÍDUO que extrai o MÁXIMO DE LUCRO POR HECTARE.

  6. Uma AGRICULTURA DEPENDENTE DE SUBSÍDIOS não tem INCENTIVOS PARA INOVAR nem GANHAR EFICIÊNCIA. Claro que isto não significa que o Governo Brasileiro não deva DEFENDER OS INTERESSES DOS PRODUTORES DE AÇÚCAR, mas tal coisa não deveria significar que eles não DIVERSIFIQUEM suas ATIVIDADES para CONTRABALANCEAR o CARÁTER CÍCLICO dos PREÇOS DAS COMMODITIES. Os AGRICULTORES não veem deste modo, mas eles são tanto INVESTIDORES quanto EMPREENDEDORES.

  7. Menos importante que a ÁREA PLANTADA é a LUCRATIVIDADE por HECTARE. Se uma CULTURA tem o DOBRO DE ÁREA PLANTADA, mas a METADE da LUCRATIVIDADE POR HECTARE de uma OUTRA CULTURA, no FIM DAS CONTAS o LUCRO não será o mesmo com metade da ÁREA PLANTADA? Claro que a RELAÇÃO não é tão simples assim, pois o SUBSÍDIO acaba por PROPICIAR UM LUCRO ARTIFICIAL em primeiro momento, mas este depois acaba COMPENSADO pela QUEDA DOS PREÇOS e parte da RECEITA DO ESTADO COM IMPOSTOS vai para SUBSÍDIOS.

  8. É SÍMBOLO do nosso ATRASO enquanto COLÔNIA e depois NAÇÃO. Se a Índia gasta SUBSÍDIOS com o AÇÚCAR, então ela obrigatoriamente não pode ALOCAR estes SUBSÍDIOS em outras CULTURAS, princípio que vale para qq país e CULTURA ao REDOR DO MUNDO. Além de FATORES CLIMÁTICOS, as POLÍTICAS de cada país e a ATUAÇÃO DE GRUPOS DE INTERESSE acabam por distorcer a relação entre OFERTA e DEMANDA. Se por um lado é PREJUÍZO, pelo outro é OPORTUNIDADE, pois o COBERTOR É CURTO.

  9. Se o POTENCIAL do ETANOL for alto, então o Governo Brasileiro não precisa ESTIMULAR nem os PRODUTORES nem a CADEIA PRODUTIVA nem a INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL pq a PRÓPRIA DEMANDA do setor já fará isto por CONTA PRÓPRIA. O que existe em torno do ETANOL é um UFANISMO em virtude da FALTA DE SÍMBOLOS e REALIZAÇÕES CONCRETAS que de fato coloquem o Brasil como EXPOENTE no CENÁRIO MUNDIAL. A AGRICULTURA é IMPORTANTE pro país, mas AÇÚCAR é só um LEMBRETE do nosso PASSADO COLONIAL.

  10. O PETRÓLEO não é uma FONTE DE ENERGIA em DECADÊNCIA? Mesmo que não deixe de ser utilizado, além de surgirem uma SÉRIE DE ALTERNATIVAS a ele nos próximos anos, ainda é um VILÃO. Além do mais, uma das ÁREAS na qual o PETRÓLEO passará a ser menos utilizado não é exatamente no SETOR DE COMBUSTÍVEIS? Fora isto, o VALOR AGREGADO da CADEIA DE PRODUÇÃO DE ETANOL não é baixo? Portanto, para que ESTIMULAR algo que teoricamente tem um POTENCIAL REDUZIDO?

  11. Pergunt ingenuamente: o processo todo, do preparo do solo para o plantio da cana-de-açucar até o final da produção do etanol não produz mais danos ao meio ambiente do que o uso dos combustíveis fósseis?

    1. Kkkkkkk. Em uma resposta o Kirk se tornou anti-bozista. Qual a razão? Porque ele apoia três fatos que o Bozo nega. Primeiro, que as mudança climáticas acontecerão e é preciso fazer algo; segundo, ciência e tecnologia é um bom negócio para qualquer país; terceiro, e mais surpreendente, cuidar bem do meio ambiente é uma vantagem competitiva. O que está acontecendo? Evolução kirkiniana? Se for, é um belo exemplo de saltacionismo, pois Bozistas foram programados geneticamente para piorar com o tempo

    2. Não se for o etanol obtido pela aceleração enzimática. É aí que entra a Índia, que está adiantada nessa tecnologia. As barreiras são no momento comerciais, de equilíbrio de mercado. Mas atento que ter energia mais barata e menos poluidora é só o começo da solução. Se os governos tardarem muito em escolher o caminho e nele investir, a encrenca será TER energia, de alguma maneira. É o dilema do carro elétrico, que para o 3º mundo, por ora, é um elefante branco.

    3. Sim Sidney. O etanol não é tão sustentável. O etanol norte-americano feito de milho ainda é menos sustentável do que o etanol brasileiro. Está é a razão das pesquisas sobre o etanol de segunda geração, que usará produtos residuais para a produção de álcool. Infelizmente o Brasil atrasou as pesquisas e ficou na rabeira mundial. Creio que a energia do futuro para transporte será a solar. É uma questão de tempo.

  12. Matéria objetiva e informativa, como deveria ser o jornalismo. Deveria ter mais matérias assim. Pena que se dá muita importância a fofocas, ilações e narrativas.

  13. E ainda tem mais. O Bozo agora segue o Lula mesmo. Visitou a China e a Índia. Qual a razão? Simples. Eles são BrIcs. Quem costurou a aliança entre os Brics? Quem viu o grande potencial de expansão da economia destes países e, por conseguinte, das exportações brasileiras? Quem foi mesmo? Bozo, veja se cria algum fato novo para se justificar. Até agora ele não fez nada a não ser seguir os passos do Lularápio...em tudo!

    1. Paulo — Naturalmente, isto não significa que o cara é honesto :).

    2. Se você, que é o sabe-tudo daqui do pedaço está a dizer, eu vou dizer o que?... Vou dizer que por este prisma: Sim.

    3. Paulo — Se o futuro está no Brics, então a política externa do Lularápio não estava totalmente errada, certo?

    4. ...em esses...(?) foi mal. Corrigir para nesses.

    5. Vai entender uma mente complexa dessas aí?!!! O que tem a ver uma coisa com outra? Pois eu acho que nosso futuro está em esses países China e Índia. E temos que continuar com os passos certeiros se houve algo desse tipo no passado, pelo menos na direção dessas economias emergentes e do futuro.

  14. Kkkkkkkkkkkkk. O Bozo apenas copiando a estratégia do Lula. Quem diria. O Lula lançou vários planos para apoiar o etanol de segunda geração e o biodiesel. Muita gente fez pesquisa e a coisa estava amadurecendo. Os europeus estavam abrindo o mercado e as coisas caminhavam vem. Isto tudo antes mesmo dos compromissos com o acordo de Paris. Daí veio o Pré-Sal. O Lula abriu o olhão e deixou os projetos de etanol e biodiesel de lado. Deu no que deu! Brasil precisa deixar de ser extrativista!

    1. Aparecida - Foi o que falei. Raimundo — Nunca votei no PT, ao contrário da maioria dos bozistas. Enquanto os Bozistas tinham dinheiro para comprar bagulhos na Florida ou no Paraguai, eles eram petistas até embaixo da água. Quando a fonte secou, eles viram oposição...

    2. Impressionante sua colocação. Você provavelmente votou no poste que respondia 32 processos que era apanas um fantoche cujo ventríloco estava PRESO condenado em dois processos e réu em mais 7 . E você ainda acha que o palhaço é o Bolsonaro! Quem é mesmo o palhaço?

  15. Eu não sei em que pé está o desenvolvimento da tecnologia do etanol de 2ª geração, o chamado Bio Etanol. Talvez esteja aí um campo fértil para desenvolvimento de pesquisas sobre este novo processo industrial que estejam querendo desenvolver em parceria. Sabe-se que a Índia detém muita tecnologia na área de químicos, no caso particular aqui são enzimas que aceleram a fermentação do bagaço da cana. Será isso que estão querendo desenvolver em conjunto? Com isso a produção irá se multiplicar.

  16. E diante dos fatos e da realidade, ainda insistem, os esquerdófilos de todos os matizes, na falácia de que o Governo Brasileiro não se preocupa com o meio ambiente. Além de estar defendendo os interesses econômicos do país, JB ainda dá um tapa nos falsos ambientalistas de boteco (como os que patrocinam a adolescente manipulada aquela), com o etanol. Como foi dito abaixo, já os Governos Militares deram o start nessa fonte limpa de energia. Pátria Amada Brasil, sim!

    1. Quanto besteirol. Se tivesse preocupação com meio ambiente não teria liberado terras gratuitas e subsídios milionários para criminosos ambientais.

  17. Uma boa herança dos governos militares foi a criação do proalcool que tinha como objetivo tornar a frota brasileira automotiva abastecida com um combustível limpo e menos dependência do petróleo externo. Entraram os governos civis esquerdistas e acabaram com o programa, decorridos 30 anos continuamos reféns do petróleo e com emissão de gases poluidores nas grandes cidades. O que deu errado??? A velha e política rasteira de sempre produzida por uma classe política viciada e nefasta.

    1. Nilson, chama-se “Mercado” e “Custo”. Só as vezes o custo por quilômetro de etanol Fica mais baixo q o da gasolina. Boa parte do tempo a Gás é mais barata que o álcool por Km rodado. Então rodar com uma frota 100% álcool no Brasil seria em tese possível se aumentasse a produção, mas o custo para o consumidor sairia maior.

    2. A DEMOCRACIA MILITAR deixou-nos uma herança maravilhosa. Hoje retomamos a mesma seriedade. Brasil acima de tudo.

  18. È o "desgoverno" Bolsonaro fazendo bons acordos e negócios em toda parte, e não fazendo negociatas como os COMUNERGÚMENOS faziam. PÁTRIA AMADA BRASIL.

  19. As usinas de produção de açúcar e álcool tem ampla margem de escolha para produção de açúcar ou álcool conforme sua conveniência! Basta produzir mais álcool...

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