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O Equador e o asilo diplomático de Assange

11.04.19 16:32

A polícia britânica só conseguiu entrar na embaixada do Equador na manhã desta quinta-feira, 11, em Londres, e prender o australiano Julian Assange porque o presidente do Equador, Lenín Moreno (foto), decidiu cassar o asilo diplomático do visitante, dado em 2012.

Dar asilo para alguém ou retirá-lo é um ato soberano dos estados. “A questão é que rompeu-se o acordo que havia entre o pessoal da embaixada e o hóspede, que de desejável passou a indesejável”, diz a advogada Maristela Basso, professora de direito internacional da USP.

O asilo, assim, tem uma natureza diferente da do refúgio, que deve ser concedido por razões humanitárias para todos os que sofrem perseguição e correm risco de morte. O asilo pode ser concedido e retirado livremente, segundo as regras acordadas entre as partes.

Entre as exigências que os governos pedem para os asilados, por exemplo, estão a proibição de fazer propaganda política ou de cometer crimes. Segundo o presidente Lenín Moreno, porém, Assange interferiu em assuntos internos de outros países e acessou arquivos de segurança da embaixada.

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  1. Assange é uma fraude. A "exposição" dos dados que ele revelou não tem nada de especial ou substancial o suficiente para ele ter se arriscado a fazer o que fez. Agora, ele cometeu ato de alta traição, e vai pagar com juros e correção monetária o que fez.

  2. Assim como as pessoas (todas) tem seus segredos, as nações tem os delas. Em ambos os casos, publicizá-los pode complicar a vida de terceiros; nos países, às vezes de milhões, entre pessoas, até de quem você gosta. Traição é traição, em casa ou no trabalho. E se for contra o país, as consequências exigem uma punição exemplar.

  3. Interessante como no mundo todo, sempre que alguém expõe a verdade, ou é "linchado" moralmente, para perder a credibilidade, ou dá-se um jeito de retirá-lo de cena. Este cidadão foi o responsável por mostrar/expor a podridão dos governos mundiais. Talvez muitos de nós não conhecemos bem a historia dele, por isto observo poucos comentários.

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