Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O desconforto de Alcolumbre com as cobranças para marcar a sabatina de Mendonça

22.09.21 13:05

O atraso para a sabatina do ex-ministro da Justiça André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, gerou um bate-boca na sessão da Comissão de Constituição e Justiça desta quarta-feira, 22. O presidente do colegiado, Davi Alcolumbre, que deliberadamente travou o debate sobre a indicação, foi pressionado por colegas para que paute a sabatina de Mendonça. Alcolumbre não gostou dos questionamentos e reagiu mal.

O embate começou depois que o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, do DEM, fez um apelo ao presidente da CCJ pela realização da sessão para a sabatina de Mendonça. Alcolumbre havia acabado de mediar um acordo entre senadores favoráveis e contrários à nova Lei de Improbidade Administrativa.

Vossa excelência poderia aproveitar esse espírito de entendimento para marcar a sabatina”, pediu Bezerra. “Vamos deixar meu espírito para esse entendimento. Para outros entendimentos, (a decisão) vai ser outro dia”, disse Alcolumbre.
Em seguida, o senador Alessandro Vieira, em tom mais incisivo, também fez cobranças pela marcação da sabatina. O parlamentar do Cidadania pediu que Alcolumbre apontasse “um único motivo republicano” para não realizar a sessão.

O presidente da CCJ ficou muito irritado com a cobrança. “Depois que se lançou candidato à Presidência da República, vossa excelência passou a usar essas frases de efeito”, disse Alcolumbre a Vieira. “Vossa excelência está há alguns meses ofendendo este senador, peço respeito”, acrescentou o presidente da CCJ. Apesar dos apelos e do bate-boca, Davi Alcolumbre encerrou a sessão sem sinalizar a data da sabatina.

O senador é contra a nomeação de André Mendonça para o STF e, por isso, decidiu barrar a tramitação da indicação. Alcolumbre tenta articular a retirada do nome de Mendonça e a indicação do procurador-geral da República, Augusto Aras.

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