Adriano Machado/Crusoé

Bolsonaro ameaça usar a caneta contra auxiliares que ‘estão se achando’

05.04.20 19:11

O presidente Jair Bolsonaro criticou neste domingo, 5, integrantes do seu governo que “viraram estrelas” durante a pandemia do novo coronavírus e, sem citar nomes, ameaçou usar a sua caneta contra os que “estão se achando”. Nas últimas semanas, Bolsonaro tem vivido uma crise com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que defende medidas contestadas por ele.

“Tem algumas pessoas do meu governo que algo subiu à cabeça deles, estão se achando. Eram pessoas normais, mas de repente viraram estrelas. E falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora D não chegou ainda, não. Vai chegar a hora D. A minha caneta funciona. Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. Ela vai ser usada para o bem do Brasil, não é para o meu bem”, disse o presidente.

Bolsonaro fez uma transmissão pelas redes sociais na qual conversou com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. No vídeo, o presidente voltou a criticar os governadores que adotaram as medidas restritivas de circulação de pessoas, como fechamento de escolas e do comércio, e classificou os discursos das autoridades estaduais como “terrorismo” e “histeria”.

“Cada chefe do executivo determinou mais medidas restritivas do que o outro, como se eles tivessem preocupados com a vida de alguém. A gente sabe que a preocupação não é com vida, a preocupação é jogada política, na maioria das vezes”, disse Bolsonaro.

O presidente disse ainda que ele pode ficar 6 meses ou até três anos em quarentena, mas que a “grande maioria do povo brasileiro” não. Ele disse que os trabalhadores informais, autônomos, camelôs e os desempregados “têm que fazer alguma coisa”. Minutos antes, Bolsonaro disse que o povo é “até pacífico demais”.

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