Adriano Machado/Crusoé

‘Não há nada de radical em combater a corrupção’, diz Moro

09.12.19 10:49

Em um discurso em que trocou a palavra “corrupção” por “Constituição” uma vez, o ministro da Justiça, Sergio Moro (foto), afirmou que o combate ao desvio de recursos públicos tem de seguir e não pode ser considerado radicalismo. “Não há nada de radical em combater a corrupção, é nosso dever”, disse Moro, na sessão em que foi homenageado na Câmara dos Deputados, na manhã desta segunda-feira, 9.

Moro defendeu que a punição a irregularidades prossiga “sem impingir àqueles que lutam contra a corrupção (a acusação de) um radicalismo que no fundo não existe”. A troca entre “corrupção” e “Constituição” foi feita um pouco antes pelo ministro, quando Moro disse que “no fundo, a Constituição é um crime que afeta mais do que o nosso sistema econômico, é um crime que afeta a nossa democracia”.

“Sem que tenhamos um combate firme, sem vacilação, olhando para a frente e não para um passado que queremos deixar para a trás, não teremos uma democracia”, acrescentou Moro, em relação à corrupção. Na solenidade, a advogada Rosângela Moro, mulher do ministro, defendeu a aprovação pelo Congresso da prisão após condenação em segunda instância.

A deputada Carla Zambelli, que presidiu a sessão, disse para a plateia do evento que “conto com vocês para pressionar o presidente do Senado, Davi Alcolumbre”, ao mencionar o projeto que permite a prisão em segunda instância. O projeto está previsto para ser votado nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A deputada do PSL de São Paulo também defendeu a pressão popular para o texto ser aprovado na CCJ do Senado.

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