Adriano Machado/Crusoé

‘Não conheço outro país que usa Paulo Freire’, diz ministro da Educação

22.05.19 11:19

O ministro da Educação, Abraham Weintraub (foto), está de volta à Câmara dos Deputados na manhã desta quarta-feira, 22, em audiência na Comissão da Educação. E novamente, fez a defesa de tudo o que a esquerda não quer nem ouvir falar. “Não conheço nenhum outro país do mundo que usa Paulo Freire”, afirmou, em resposta a questionamentos de deputados da oposição.

Na apresentação, o ministro defendeu o investimento no ensino técnico como forma de diminuição de desigualdades sociais no Brasil, afirmou que o aumento de alunos do ensino superior no Brasil se deu por meio de instituições privadas, e não nas universidades públicas, e mostrou que a pesquisa acadêmica brasileira mais aproveitada é a das ciências exatas, mas são as ciências humanas que ganham a maior parte das bolsas. Também disse que as metas da educação para mestrado e doutorado de professores já foram cumpridas, e por isso é preciso reorientar os esforços para as áreas que ainda estão deficientes.

Os protestos começaram no meio da apresentação inicial, quando o ministro avisou que “a época de jogar dinheiro sem perguntar onde e por que acabou”. Na hora das perguntas, parlamentares do PSOL foram os mais críticos. Glauber Braga, do Rio de Janeiro, disse que o ministro mentiu ao dizer que não houve corte para as universidades e o acusou de “capachice” com o mercado, por ter dado explicações sobre o contingenciamento de cortes nas universidades em ligações que recebeu do mercado financeiro.

Quando Glauber já ia dizendo que Weintraub cometeu uma “cretinice”, foi aconselhado pelo presidente da comissão, Pedro Cunha Lima,do PSDB da Paraíba, a moderar as palavras. Também do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, que é professor de história, acusou o ministro de se mover por “fanatismo e dogmas”. Weintraub lamentou o “palavreado agressivo” de Glauber, negou falar com agentes do mercado financeiro e que haja cortes nos hospitais.

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