MST promove evento oficial na embaixada da Venezuela em Brasília

14.12.19 09:00

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra tem usado a embaixada da Venezuela em Brasília como sua sede. Além de manter ao menos 40 homens fazendo a guarda permanente da representação diplomática, para evitar a entrada de diplomatas indicados pelo pelo presidente interino Juan Guaidó e credenciados pelo governo brasileiro, o MST realiza eventos no prédio.

Chamada de “Encontro das Amigas e dos Amigos do MST”, a mais recente reunião na embaixada foi na noite de quinta-feira, 12. Lideranças do movimento e representantes de outros grupos da esquerda brasileira participaram de debates no auditório do edifício (foto).

O encontro foi comandando por João Pedro Stédile, da coordenação nacional do MST. A todo momento, Stédile puxou gritos de guerra como “Internacionalizemos a luta! Internacionalizemos a esperança!”.

A representação não tem embaixador desde 2016, quando o ditador Nicolas Maduro ordenou a volta de Alberto Castellar, em protesto contra o impeach­ment de Dilma Rousseff. No lugar dele, ficou apenas um encarregado de negócios, não reconhecido por Bolsonaro. Mas Maduro ignora a decisão do governo brasileiro, que, por sua vez, não expulsa o corpo diplomático nomeado por Caracas.

A embaixadora María Teresa Belandria, indicada por Guaidó, afirmou em entrevista a Crusoé que a embaixada é um foco de conspirações. Reconhecida por Bolsonaro em junho, despacha de um hotel, de onde pouco sai por medo dos fiéis apoiadores de Chávez no Brasil, o que inclui brasileiros.

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