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MP pede prisão de prefeito de Manaus por desvio de vacinas; desembargador declina

27.01.21 19:47

O Ministério Público do Amazonas pediu a prisão do prefeito de Manaus, David Almeida (foto), e da secretária municipal de Saúde, Shadia Fraxe, por “burla à fila de prioridades” na vacinação contra a Covid-19.

O desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, do Tribunal de Justiça do Estado, no entanto, rejeitou a medida cautelar sob o entendimento de que, como as vacinas foram adquiridas pelo governo federal, a Justiça local não tem competência para analisar o caso.

Em nota, o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado rebateu o magistrado. “O interesse nacional é de todos os entes federativos, mas a questão da burla da fila de vacinação ocorre em meio à competência material municipal, que é de aplicação das vacinas, razão pela qual a competência é da Justiça Comum Estadual“, opinou, após a decisão, publicada na tarde desta quarta-feira, 27.

O MP afirmou, ainda, que pediu novas medidas judiciais, “para garantir o respeito às prioridades na vacinação (profissionais da saúde – linha de frente e idosos), reforçando que está ao lado da sociedade na luta pela solução dos desvios cometidos“.

De acordo com os investigadores, 10 médicos ligados ao prefeito foram vacinados, apesar de não atuarem na linha de frente do combate à pandemia. Eles foram nomeados entre os dias 18 e 19, quando começou a imunização em Manaus, com salários de 9 mil reais.

O órgão ainda lista o desvio de 13 doses usadas para vacinar outros membros da cúpula do governo municipal: além de Shadia, seu subsecretário, Luiz Cláudio de Lima Cruz; os assessores Clendson Ferreira e Stenio Alves; e o secretário municipal de Limpeza, Sabá Reis.

Os investigadores entendem que o prefeito e a secretária incorreram nos crimes de peculato, em razão do desvio das vacinas; e falsidade ideológica, por declararem, na nomeação de médicos, que eles exerceriam a atividade.

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  1. Não é por acaso que Manaus, bem como todo o Estado do Amazonas, está em estado de calamidade pública. Começou com os mais descarados desvios de recursos públicos, quando o governo estadual adquiriu equipamentos médicos superfaturados através de uma importadora de vinhos. Ficou o dito pelo não dito e o governador continuou intocável. Depois elegeram um prefeito, igualmente mau caráter, que conseguiu tripudiar em cima da lei e ainda transferir a culpa para o Ministro da Saúde. Assim é demais!

  2. Tenho amigos e família em Manaus,a situação lá é de terror, esse desembargador é só um entre milhares q cumprem esse mesmo papel,advogar pra poderosos,olha o STF q é a prova escandalosa disso.

  3. Toda cidade do Brasil, já tem o ônus de 1/3 da incompetência do Bolsonaro. São Paulo: 1/3 Bolsonaro - incompetente 1/3 Doria - competente 1/3 Bruno - competente Então temos 2/3 de competência. Manaus: 1/3 Bolsonaro - incompetente 1/3 governador - incompetente 1/3 prefeito - incompetente Em Manaus são 100% de incompetência.

  4. Manauaras, parece que esse estado tão importante para o BR e para o mundo está sob o governo de bandidos, disfarçados de políticos, servidores públicos, jornalistas... Deem um pé na bunda desses vermes da sociedade na primeira oportunidade que tiverem e retomem o Poder elegendo representantes responsáveis. A seleção foi péssima. Desse jeito vai virar um Rio de Janeiro do norte.

  5. A reportagem não diz, mas pesquisei e descobri que o partido do prefeito é psdb. Preocupante a atuação do judiciário, mais uma vez.

    1. Tens razão, do psdb era o prefeito anterior. Então, se é bozista, está tudo explicado.

  6. Em que pese a vigarice do alcaide, Claramente desproporcional a prisão cautelar, porquanto outras medidas menos gravosas são suficientes para garantir que ele não desvie novas doses. Alguns membros do MP são claramente imaturos para a função.

  7. O lugar dos dois covardes, prefeito e desembargador, é no fundo de um presídio, por crimes contra a população!!!! Imbecís e covardes os dois e, estúpidos e covardes os idiotas que cooptaram com a criminosa conduta.

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