Governo da Paraíba

MP da Paraíba denuncia Ricardo Coutinho e outros 34 alvos da Operação Calvário

13.01.20 18:13

O Ministério Público da Paraíba denunciou nesta segunda-feira, 13, o ex-governador Ricardo Coutinho, do PSB, e outras 34 pessoas por organização criminosa. Todos os alvos da denúncia são investigados pela Operação Calvário, que avançou sobre um esquema de corrupção no governo da Paraíba durante a gestão do socialista. Na denúncia, o MP sugere uma reparação de danos no valor de 134 milhões de reais.

Ao longo de 223 páginas, os promotores do Grupo de Atuação no Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, afirmam que “com uma voracidade jamais vista” o grupo político liderado por Coutinho “sequestrou o poder Executivo da Paraíba, penetrou no Legislativo e, fazendo escola, conseguiu fazer morada, com a expansão deliberada de seu modelo de negócio, em diversas Prefeituras paraibanas”.

“De fato, o esforço investigativo encabeçado mostra que se está diante de uma verdadeira captura do poder público estadual, num primeiro momento, por um grupo criminoso forte e articulado, na medida em que as ações desenvolvidas por seus integrantes foram orquestradas para, uma vez dentro da estrutura política e administrativa do Estado, valer-se de todo tipo de vantagens indevidas (econômicas e/ou pessoais) em detrimento da máquina administrativa e da população”, diz trecho da denúncia.

Para os investigadores, a Operação Calvário, cuja 7ª fase cumpriu um mandado de prisão contra Coutinho, identificou uma “organização criminosa complexa” dividida em grupos – o político, o administrativo e o financeiro – que seguia as diretrizes do ex-governador. Ao citar o objetivo do grupo, o MP da Paraíba é taxativo: “captura do poder político e aferição de vantagens financeiras indevidas, mola para o enriquecimento ilícito de diversos agentes (públicos e privados), pela instrumentalização de crimes (fraudes licitatórias, falsidades, peculatos, corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros), especialmente de índole patrimonial”.

Um dos denunciados foi o delator Daniel Gomes, representante de Organizações Sociais, as OSs, que atuavam no setor de saúde da Paraíba. De acordo com os promotores, entre 2010 e 2019, Gomes pagou mais de 60 milhões de reais em propina para agentes públicos.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. Fim do Foro privilegiado para reduzir a canalhice. Fim das reeleições par acabar com as dinastias políticas. Voto Distrital para baratear as campanhas. Fim do sonho: "eles" nunca farão isto !!!

  2. Porque, vcs têm que exibir, todos os dias , esta cara do Renan Calheiros????? Aí fico nauseabunda e não consigo ler o jornal ... paro por aí ..... eca

  3. Mais um episódio de roubalheira dos esquerdopatas esta gente se elege com discurso e promessas mentirosas de defensores dos pobres e é justamente o pobre que eles roubam, a saude, a educação, etc... Este sujeito é sua Orcrim tem que ir pra cadeia e ponto final.

  4. Não adianta investigar, denunciar, julgar e condenar. Não vai ser preso e se for vem algum desembargador ou ministro e solta.

    1. Dinheiro, Poder e falta de vergonha na cara, é a única retribuição q os nossos políticos nos garantem após suas eleições. Esses tribunais superiores nos proíbe de tantas q não sobra tempo pra “enjaular” os compadres políticos. Voto facultativo com certeza diminuiria essa ganância, pois os “currais” seriam desfeitos.

Mais notícias
Assine agora
TOPO