Adriano Machado/CrusoéKim Kataguiri: veto de Lula caiu mal

A uma distância segura do bolsonarismo

25.05.19 13:15

Dos três maiores movimentos de rua que lideraram o impeachment de Dilma Rousseff, dois não estarão nas manifestações deste domingo. São eles o Movimento Brasil Livre e o Vem Pra Rua. O motivo é um só: querem distância do bolsonarismo.

O MBL tem um projeto político-partidário em andamento. O grupo aguarda a resposta do Tribunal Superior Eleitoral a uma consulta sobre a possibilidade de que haja coleta digital das assinaturas exigidas por lei para que o partido seja criado. A resposta da corte deve sair em junho. Ninguém no MBL quer que a legenda nasça nas hostes bolsonaristas.

“Desde a fundação do MBL a gente tenta se diferenciar de Jair Bolsonaro. Não concordamos com a  visão dele sobre a ditadura militar, sobre a forma de se relacionar com o Congresso e sobre costumes”, disse a Crusoé o vereador em São Paulo Fernando Holiday.

Mas há um outro motivo. Os principais integrantes do grupo, o deputado federal Kim Kataguiri (foto), o deputado estadual Arthur do Val e Holiday, obtiveram seus mandatos pelo DEM, partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, um dos líderes do Centrão e dos principais alvos das manifestações.

Já o Vem Pra Rua tem por norma não apoiar políticos, mas causas. Nem mesmo um dos fundadores do grupo, Rogério Chequer, foi apoiado em 2018, quando se candidatou pelo Novo a governador de São Paulo.

“A pauta pede apoio ao Bolsonaro e nós não apoiamos pessoas, mas ideias e iniciativas. Não apoiamos o governo de maneira irrestrita”, disse uma das coordenadoras do movimento, Adelaide de Oliveira.

O único dos três grandes que estará é o Nas Ruas, liderado pela deputada federal Carla Zambelli, do PSL.

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