Divulgação/Governo de SP

Movimento anti-Doria mira reedição da dobradinha Alckmin-França em SP

21.02.21 16:20

Ganhou força nos bastidores da política paulista a articulação para repetir na eleição ao governo de São Paulo, em 2022, a dobradinha entre Geraldo Alckmin, do PSDB, e Márcio França, do PSB. Os dois ex-governadores formaram a chapa vitoriosa na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014 e já projetam uma reprise no ano que vem.

Além do desejo de retomar o poder, a reedição da dupla Alckmin-França tem como combustível um outro componente político: minar o plano presidencial do governador João Doria, com quem ambos mantêm diferenças desde 2018. Na ocasião, Doria largou a prefeitura de São Paulo para disputar o governo do estado contra França, que era o governador à época e tinha o apoio velado de Alckmin.

Desde o fim do ano passado, Alckmin tem manifestado a aliados o desejo de voltar a governar o estado que comandou por 13 anos. Ele e França têm em comum a vontade de se recuperar politicamente. O tucano, do fiasco da eleição a presidente em 2018, quando obteve apenas 4% dos votos. Já o socialista, do fraco desempenho na eleição para prefeito da capital no ano passado — ele ficou em terceiro com 13%.

Aliados dos dois acreditam que juntos, Alckmin e França, hoje sem nenhum cargo, formariam a chapa favorita na eleição estadual, com força para desbancar o atual vice-governador Rodrigo Garcia, do DEM, que deve assumir o governo em abril de 2022 com a provável renúncia de Doria para se candidatar ao Palácio do Planalto.

O plano original de Doria é apoiar seu vice em São Paulo em troca do apoio do DEM a sua candidatura presidencial. Mas como o próprio aliado histórico do PSDB está hoje dividido entre apoiar o presidente Jair Bolsonaro ou compor uma frente de oposição, a aliança no estado também está ameaçada.

Aliados de Doria chegaram a cogitar a filiação de Rodrigo Garcia ao PSDB como forma de garantir uma candidatura única e forte em São Paulo, capaz de ajudar o atual governador na corrida presidencial. Mas alckmistas sustentam que, se isso ocorrer, Alckmin forçaria a realização de prévias dentro do diretório estadual do partido, onde ele ainda exerce enorme influência.

Outra saída aventada por pessoas próximas a Doria é oferecer a Alckmin a candidatura ao Senado, mantendo o apoio do partido a Rodrigo Garcia. Mas os aliados do ex-governador afirmam que ele jamais toparia a oferta apenas para ajudar Doria.

Nem Alckmin nem França engoliram as ações de Doria em 2018 — além dos ataques ao político do PSB na campanha, o atual governador de São Paulo criou o movimento Bolsodoria, contribuindo para enterrar de vez a candidatura de Alckmin ao Planalto. O desejo de dar o troco os reaproximou.

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  1. Não entendo essa birra contra o Dória, ele é competente, inteligente, ousado, é corajoso, enfrenta os broncos, falsos e traíras bolsonaristas. É críticado por ter deixado a prefeitura precocemente, é melhor do que só pensar na eleição de 2022, faltando dois anos. Sendo irresponsável com ações populistas, interferindo em empresas, causando prejuízos as mesmas e ao país.

  2. POR favor Alckmin, não!! Vc é probo e honesto. É sério... mas é ruim de voto. Deixa a gente tirar o Bozo, depois vc volta.

  3. Doria nao esta no partido certo, ele nao eh de centro esquerda e sim de centro direita, muito mais a cara do DEM, seria melhor ele mudar de partido. Ja o PSDB precisa se reinventar, o tempo de Alckmin ja passou.

  4. É inacreditável assistirmos sempre mais do mesmo. Impossível ver luz no fim do túnel para o Brasil e o povo brasileiro, com essa eterna troca de cadeiras com políticos carcomidos e com os mesmos erros e vícios.

  5. Aposto que essa dupla tem grandes chances. Esse vice do Doria ninguém conhece. Alckmin sofreu um ataque duplo e baixo em 2018 daqueles que queriam impor seus extremos:- os lulopetistas e os bolsinaristas. Ambos agora estão mais sujos que pau de galinheiro. Doria foi desleal passando uma rasteira em seu padrinho politico. Alckmin ficou na muda, esperando a hora de dar o troco. Se não houver nenhum outro candidato que seduza os paulistas, estes darão preferência àqueles que já conhecem.

    1. Votei até a última eleição presidencial no Alckmin, agora já deu, ele sempre está se abraçando com a esquerda deletéria, e montando estratégias infantis para conquistar votos. Precisamos de muito mais agilidade e capacidade de realizar, que, com todos os defeitos que tem ou possa ter, o Doria é muito mais capacitado.

  6. Que os paulistas não caiam nessa: votar antidória elegendo esses trastes como alternativa! Olhem só o resultado do que tivemos que fazer votando nesse doido varrido, pra arrancar a marginalha petralha!!!!!!

  7. 1.1 - Não existe honra na política. Mas tem decisões difíceis e bom senso. Todo mundo percebeu a onda da direita que se formou na eleição de 2018, com eleitores sedentos por varrer a esquerda corrupta do poder. Bolsonaro era o novo "pintado" de velho. Tinha uma proposta liberal para a economia. Alckmin chegou combalido na disputa, pois o PSDB tinha os seus esqueletos no armário. Então Doria, ameaçado pela esquerda, se uniu a direita, pois o PSDB vem se posiocionando como centro-direita.

    1. PINTO, fala pro teu patrão segurar os cabor eleitorais que a eleição será só em 2022.

    2. Todos os partidos praticamente, tem esqueletos no armário. Pesa à favor do Doria, trabalhar para expulsar o mafioso das Gerais do PSDB. Isso externa que ele não come na mão de ninguém, bem como, não tem o rabo preso.

    3. 1.2 - Foi uma estratégia assertiva. Agora, como ficar do lado do Bolsonaro presidente? Compare o Bolsonaro candidato com o Bolsonaro de agora. Onde está a agenda liberal? Como Bolsonaro está enfrentando a pandemia? Hoje, com Sergio Moro sem partido, Doria é o único antagonista ao Bolsonaro. E está atraindo a inveja de muitos. Doria colocou à própria pele em risco na busca da vacina. Fez o Bolsonaro se curvar bem mais do que os 45°, que é o limite do girassol. Está na hora de pensarmos o Brasil.

    4. Os esqueletos do PSDB continuam nos armários e nas gavetas blindadas dos altos tribunais da República.

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