Cargos Gibaja/Governo do Ceará

Ministros de Bolsonaro evitam críticas a policiais militares do Ceará

24.02.20 15:36

Alinhados ao presidente Jair Bolsonaro, os ministros que visitaram o Ceará nesta segunda-feira, 24, evitaram críticas aos policiais militares do estado. Há mais de uma semana, os PMs cearenses participam de uma paralisação ilegal das atividades de policiamento ostensivo, o que gerou uma onda de violência e homicídios no estado. Desde o início do movimento dos militares, o governo já registrou pelo menos 147 mortes no Ceará.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, disse que a comitiva interministerial foi ao Ceará “para serenar os ânimos e não para acirrá-los”. Ele não teceu críticas ao comportamento dos policiais e elogiou a corporação. “São profissionais dedicados, que arriscam sua vida pela vida de outros. São profissionais que devem ser valorizados, isso é extremamente importante”, afirmou Sergio Moro. “O momento é de serenar os ânimos. O governo federal veio para substituir a ausência das polícias. Temos que colocar a cabeça no lugar e pensar no que é necessário para solucionar essa crise”, justificou Moro.

Já o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, lembrou que a Constituição Federal proíbe movimentos de paralisação de militares. “É vedado o direito de greve e de associações com fins políticos”, frisou o general. Ele, entretanto, não criticou a atuação dos policiais militares durante o motim. O ministro da Advocacia-Geral da União, André Mendonça, pediu às forças de segurança o “regresso às atividades normais no menor tempo possível”. “Viemos conclamar que as pessoas envolvidas adotem uma postura de retração desse movimento. É importante, a população do Ceará é quem sofre e ela precisa confiar nas suas instituições, entre elas, a polícia”, afirmou Mendonça.

O governador do Ceará, Camilo Santana, foi mais duro ao falar sobre a paralisação dos policiais militares. Ele lembrou que muitos PMs têm circulado pelo estado “usando máscaras e ameaçando a sociedade”. Afirmou que a greve ilegal ocorreu “mesmo após exaustivas negociações, com acordos aceitos pelas categorias”. O chefe do Executivo cearense, entretanto, evitou o confronto. “Espero que a gente possa encontrar os melhores caminhos para superar este momento e restaurar a segurança do Estado”.

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