Adriano Machado/Crusoé

Ministério admite que privatizações não gerarão economia de R$ 900 bilhões

29.10.20 13:10

A exemplo da área de comércio exterior do Ministério da Economia, como Crusoé noticiou ontem, a Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, agora comandada por Diogo Mac Cord, também vai revisar as metas de privatizações inseridas pelo governo de Jair Bolsonaro no Plano Plurianual, o PPA. Em documento encaminhado na tarde desta quarta-feira, 28, à cúpula da pasta, a secretaria derrubou o objetivo prometido por Paulo Guedes de economizar 900 bilhões de reais com as privatizações até 2023. 

“A meta inicial de 900 bilhões de reais deve ser revista pelo atraso no cronograma devido à pandemia da Covid-19 e pelos ajustes realizados pelo governo no portfólio de desestatizações”, admite a secretaria no documento. Agora, a turma de Guedes prevê que o saldo das vendas de ativos estatais gerará uma economia de 664,5 bilhões de reais aos cofres públicos até 2023, 26% a menos do que o inicialmente prometido pelo PPA.

O montante bilionário é composto por valores arrecadados por meio de desinvestimentos de estatais federais em empresas subsidiárias, coligadas e participações simples. Além disso, a conta engloba o dinheiro obtido com desestatizações de empresas estatais federais, somado aos valores economizados com subvenção de estatais federais dependentes que forem desestatizadas. A venda de imóveis e a verba arrecadada por meio da cessão onerosa e racionalização do patrimônio da União também entram no somatório. 

Antes da pandemia, o indicador também contabilizava o dinheiro arrecadado com concessões e a economia no pagamento de juros, mas o método de cálculo será revisto. “A nova meta foi calculada com base em indicadores de governança que podem ser calculados por esta secretaria e que refletem valores robustos e mais próximos da realidade”, diz o documento. 

Para que seja alterada no Plano Plurianual, a nova meta ainda precisa passar pelo crivo de Paulo Guedes.

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  1. Esse governo não tem a mínima intenção de privatizar nada, a não ser as empresinhas estatais. Nem pretende acabar com a corrupção, haja vista a turma a qual ele se uniu, após a saída do Moro.

  2. Mais uma promessa de campanha que era mentira. Nunca pensou em privatizar. Ele sempre foi do centrão e esse grupo não quer acabar com o seu curral eleitoral.

  3. Tudo papo furado. Por causa do Bozo, todos os investidores fugiram do Brasil. Por isso, o governo não pode privatizar. Não há comprador sério. Simples assim!

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