Adriano Machado/Crusoé

Mandetta promete a Bolsonaro que não será usado por Maia, Alcolumbre e Doria

08.04.20 16:54

Em reunião na manhã desta quarta-feira, 8, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, combinaram de deixar as divergências políticas em “stand by” e trabalhar de forma alinhada no combate à pandemia do coronavírus.

Segundo auxiliares do presidente, ele reclamou que o ministro estava se deixando “instrumentalizar” por seus adversários políticos, principalmente pelo governador de São Paulo, João Doria, e pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Mandetta, de acordo com assessores palacianos, prometeu que não vai deixar ser usado por esses adversários do presidente. Maia e Alcolumbre são do mesmo partido do ministro da Saúde, o DEM, e têm feito duras críticas à maneira como Bolsonaro lida com a pandemia.

Caciques do próprio partido já tinham sugerido cautela. A Crusoé, uma liderança do DEM disse ter aconselhado o ministro, nos últimos dias, a evitar encontros presenciais com os presidentes da Câmara e do Senado, para não dar margem a especulações de bolsonaristas, mesmo que equivocadas.

Na última quinta-feira, 2, Mandetta jantou com Maia e Alcolumbre na residência oficial do presidente do Senado. A conversa entre os três ocorreu no mesmo dia em que Bolsonaro criticou o ministro em entrevista, dizendo que faltava “humildade” ao auxiliar.

Para além das questões políticas, Mandetta também se mostrou mais flexível em relação ao uso da cloroquina no tratamento contra a Covid-19, principal ponto de atrito entre ele e Bolsonaro. O ministro passou a concordar que médicos podem indicar a substância, desde que pacientes aceitem e ambos assumam os riscos.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO