Adriano Machado/Crusoé

Mandetta não abre mão do ‘controle da estratégia’

26.03.20 07:01

Apesar das divergências com o presidente Jair Bolsonaro em relação a alguns pontos da estratégia de combate ao coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (foto), disse a aliados nos últimos dias que não pretende abrir mão do cargo tão facilmente.

De acordo com esses aliados, o titular da Saúde tem “senso de responsabilidade” e não pedirá demissão para ser substituído por um “pau mandado” de Bolsonaro, que poderá botar a perder todo o trabalho feito pelo atual ministro até agora no combate ao Covid-19.

Mandetta, porém, indicou que pedirá o boné, caso o presidente “bata o pé” e diga que o ministro terá de seguir todas as diretrizes determinadas por Bolsonaro. “Ele sabe o que pode acontecer nesse caso e não vai esperar a bomba explodir no colo dele”, diz um aliado do DEM, sigla à qual é filiado.

O principal ponto de tensão entre o presidente e o ministro é a questão do isolamento. Desde terça-feira, 24, Bolsonaro vem defendendo o fim imediato da quarentena. Mandetta é contra, embora tenha suavizado o discurso ontem e defendido que “temos que melhorar esse negócio de quarentena”.

Segundo aliados, Mandetta quer uma solução “negociada” com Bolsonaro. Como médico e ministro, porém, não abre mão do “controle da estratégia” das ações de combate ao vírus, que até ontem já tinha infectado ao menos 2.433 pessoas e provocado 57 mortes no Brasil.

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