Maia e Alcolumbre avisam que não abrirão CPI sobre vazamentos

Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (foto), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, avisaram a parlamentares que, hoje, é zero a chance de abrirem comissões parlamentares de inquérito sobre o vazamento de conversas atribuídas ao ministro da Justiça, Sergio Moro, e a integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O aviso caiu como um banho de água fria tanto em senadores e deputados da oposição quanto nos governistas. Os dois lados articulavam instalação de CPIs em cada casa e uma mista no Congresso, com enfoques diferentes. A oposição queria investigar o teor das mensagens, e os governistas, o ataque de hackers aos celulares do ministro e dos procuradores da força-tarefa.

Assim que leu as reportagens sobre as conversas vazadas, ainda no domingo, 9, o presidente do Senado mandou mensagem para aliados classificando o conteúdo das mensagens como algo “grave”. Esses próprios aliados, contudo, aconselharam Alcolumbre a evitar comentar o assunto e apenas monitorar os desdobramentos do caso.

O presidente da Câmara também apenas monitora o assunto. A interlocutores, Maia afirmou que, se novas conversas entre Moro e procuradores forem vazadas, o desgaste recairá para o governo e para os integrantes do Judiciário. Nesse cenário, avaliou, não cabe ao Legislativo atuar para acentuar ainda mais a crise.