Câmara dos Deputados

Maia defende voucher de R$ 500 para trabalhadores informais

26.03.20 15:47

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto), defendeu, nesta quinta-feira, 26, o aumento do valor do voucher que deve ser disponibilizado pelo governo federal aos trabalhadores informais durante a crise do novo coronavírus. Se nós precisamos garantir o isolamento das famílias, temos de dar previsibilidade e a renda para que as pessoas passem pelos próximos 30 dias”, argumentou.

O Executivo previu, a princípio, o pagamento de 200 reais a cada profissional autônomo e discute, internamente, a elevação para 300 reais. O Congresso Nacional, no entanto, quer que o benefício seja de 500 reais. “O que a gente tem entendido é que a proposta que o governo fez, que amplia até um pouco mais do que os 200 reais, é muito pequena para o que a população brasileira precisa”, pontuou. 

O deputado alegou “entender” a preocupação do governo quanto ao aspecto fiscal da medida. Ressaltou, contudo, que esta não deve ser a prioridade. “O que está se construindo é um valor na ordem de 500 reais (…). Nossa opinião é que esse valor vai gerar um impacto a mais de 10 bilhões ou 12 bilhões. Mas em relação ao que o Brasil precisa investir, garantir à sociedade brasileira, é muito pouco”, emendou.

Maia frisou que o Executivo precisa priorizar, ainda, soluções para pequenas e médias empresas. “Muitas pequenas empresas não terão dinheiro para pagar o aluguel. Vão ser despejadas daqui a dois ou três meses?”, questionou. O presidente da Câmara pediu que o governo intervenha para auxiliar os pequenos negócios no pagamento de salários dos funcionários. “Elas não terão recursos. Uma alternativa que está sendo discutida é um empréstimo a longo prazo, com uma carência, com o governo sendo garantidor”, disse.

O parlamentar sugeriu que o presidente Jair Bolsonaro convoque uma reunião entre os três Poderes para buscar medidas para atenuar os efeitos do surto da doença. “Está na hora de a gente conseguir deixar divergências de lado. Não acho que as divergências têm contribuído. Faço parte delas também. O importante é que a gente sente e dê soluções”, opinou.

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