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    Diários

    "Lula é um sujeito de duas caras", diz seu ex-patrão Paulo Villares

    Paulo Villares, que publicou sua biografia, afirma que seu ex-funcionário "não tem nenhum compromisso com a palavra"

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    Duda Teixeira
    5 minutos de leitura 15.10.2025 16:44 comentários 3
    Paulo Villares. Foto: Divulgação
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    O empresário Paulo D. Villares lançou em agosto a biografia Perseguindo utopias — Pense grande! Pense num Brasil competitivo.

    Villares foi o segundo patrão de Lula, na década de 1970, quando o trabalhador dava os seus primeiros passos no sindicalismo na região do aBC.

    O livro conta uma interessante reunião entre Lula e os diretores da Villares.

    Crusoé conversou com Paulo para saber como o antigo patrão vê o atual presidente.

     

    Qual lembrança o sr. tem do Lula na fábrica da Equipamentos Villares?

    O Lula organizou a primeira greve depois de 1964. Foi conosco, lá na Equipamentos Vilares, em São Bernardo do Campo.

    Ele organizou a greve e eu o chamei para uma reunião. Ele subiu para a sala no segundo andar e sentou-se na mesa.

    Nós perguntamos: "Bom, Lula, então, quais são as coisas que vocês querem?"

    Ele mostrou uma lista de 19 itens. Mas todos os dezenove já tinham sido atendidos. E nós constatamos isso rapidamente, em no máximo cinco minutos.

    Ficou claro que não fazia sentido fazer a greve, pois nós já tínhamos atendido os trabalhadores naqueles itens que estavam na lista.

    Por que isso aconteceu?

    Imagino que houve um problema grave de comunicação lá dentro do sindicato.

    Provavelmente não contaram para o Lula sobre a situação real dos nossos trabalhadores.

    Quando terminamos de olhar a lista de 19 itens, ele olhou para mim e disse: "Olha, Paulo, eu vou pedir uma coisa".

    Ele me tratou assim, de cara. E disse: "Eu não posso sair agora aqui da sala".

    Já estava tudo resolvido, mas ele falou: "Então, eu queria ficar aqui. Posso conversar?".

    Eu respondi que sim: "Pois não, Lula".

    Lula disse: "Olha, eu queria que você me explicasse porque é importante para o Brasil exportar".

    Então, com calma, eu fui explicando para ele algumas noções de economia, que ele não tinha.

    Só falaram de economia?

    Em um dado momento, eu perguntei: "Lula, o que que você pretende da vida?".

    Ele respondeu: "Ah, eu pretendo ser o melhor líder sindical do Brasil. Eu quero ser o Lech Walesa do Brasil."

    Achei interessante ele citar o Walesa, um sindicalista polonês muito conhecido na época.

    Passado algum tempo, o Lula disse que já podia ir.

    Ele saiu da sala e foi até o fim do corredor, onde tinha um alpendre. Ele pegou o microfone e começou a me xingar: "Porque esse cara, f.... Olha, vocês não sabem como foi duro para mim conseguir essas reivindicações, mas eu consegui arrancar esses 19 itens".

    Eu fiquei muito chocado, porque ele não precisava usar aqueles termos contra mim.

    Mas, enfim, esse é o Lula. Ali eu decidi que nunca mais falaria com ele na minha vida. 

    O que esse episódio ensina sobre o Lula?

    É um sujeito de duas caras cara, um populista.

    Ele é uma pessoa inteligente, mas ele não tem nenhum compromisso com a palavra.

    Ele faz os discursos de forma a agradar a plateia. Ele sabe escolher o palco. Então, faz o discurso para agradar o público.

    Ele não tem convicções sobre o que fala.

    Ele pode falar algo que ele acha melhor em um momento, e no no dia seguinte mudar de opinião, numa boa.

    Esse é o caráter dele.

    Lula virou o Lech Walesa do Brasil?

    Lech Walesa era um era um liberal que apoiava a economia aberta.

    Não era uma pessoa que defendia privilégios. 

    O sr. voltou a encontrar o Lula depois dessa reunião?

    Em um churrasco na chácara do [general] Golbery [do Couto e Silva]. 

    Foi um sábado de manhã. Era o aniversário do Golbery e ele me convidou.  

    Eu achei que tinha que ir para a comemoração do aniversário dele. 

    O Lula estava lá, mas eu não tive contato com ele.

    Qual era a relação do Lula com os militares na ditadura?

    As empresas alemãs aqui no Brasil, como a Volkswagen e a Mercedes-Benz, queriam ter líderes sindicais fortes no Brasil com os quais pudessem conversar.

    O Golbery se deixou influenciar muito por esses presidentes de empresas alemãs.

    Na Alemanha, as empresas chegaram até a ter representantes dos sindicatos em seus conselhos. 

    Então o Golbery já estava meio convencido naquela época que poderia fazer do Lula um presidente de sindicato, alguém com quem se pudesse conversar, alguém que fosse razoável. 

    Eles então perguntaram para mim o que eu achava.

    Eu disse que o Lula poderia fazer parte desse movimento sindical. Foi só isso que aconteceu.

    Lula vai fazer 80 anos no próximo dia 27. O sr. acha que ele vai tentar mais um mandato, mesmo com idade avançada?

    Eu não tenho dúvida de que ele vai tentar. Essa posição de presidente da República atrai muito ele.

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    Duda Teixeira

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    Comentários (3)

    Jhaynnyson Lendengues

    2025-10-16 03:25:04

    Ou seja, sempre foi vagabundo


    Eliane ☆

    2025-10-15 17:07:22

    O entrevistado Paulo Villares demonstrou caráter.


    Eliane ☆

    2025-10-15 17:05:00

    Foi eleito pelo regime democrático e quer se perpetuar no poder. É realmente uma democracia relativa. Não aceita a alternância de poder. Quer um STF só para ele. É ou não um autocrata "enrustido"?


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    Comentários (3)

    Jhaynnyson Lendengues

    2025-10-16 03:25:04

    Ou seja, sempre foi vagabundo


    Eliane ☆

    2025-10-15 17:07:22

    O entrevistado Paulo Villares demonstrou caráter.


    Eliane ☆

    2025-10-15 17:05:00

    Foi eleito pelo regime democrático e quer se perpetuar no poder. É realmente uma democracia relativa. Não aceita a alternância de poder. Quer um STF só para ele. É ou não um autocrata "enrustido"?



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