Justiça autoriza Paulo Preto a deixar prisão domiciliar para votar em SP

A Justiça Federal de São Paulo autorizou o engenheiro Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto (foto), a passar o próximo fim de semana na capital paulista para votar na eleição para prefeito e vereador. Apontado como operador de propinas do PSDB, o ex-diretor da Dersa, estatal de obras viárias, está em prisão domiciliar em Campos do Jordão, no interior do estado.

Paulo Preto ficou pouco mais de um ano preso no Complexo Médico Penal em Pinhais, no Paraná, acusado de realizar transações financeiras ilícitas no exterior no esquema da Odebrecht. O processo, contudo, foi remetido para a 6ª Vara Federal Criminal porque o Tribunal Regional Federal da 4ª Região entendeu que não era competência da força-tarefa da Lava Jato de Curitiba investigá-lo.

Em março deste ano, a Justiça Federal concedeu o benefício da prisão domiciliar para o engenheiro por causa da pandemia. Com mais de 70 anos de idade, Paulo Preto integra o grupo de risco do coronavírus. Desde então, ele está com uma tornozeleira e se refugiou em um imóvel que tem em Campos do Jordão, cidade turística que abriga casas de veraneio da elite paulista.

Paulo Preto já foi condenado duas vezes em primeira instância na Lava Jato de São Paulo e denunciado em mais três ações penais na Justiça Federal paulista​, sob acusação de peculato e lavagem de dinheiro. Em uma delas, foi condenado a 145 anos de prisão, a maior sentença da Lava Jato, que depois acabou anulada pelo Superior Tribunal de Justiça.