Juíza põe no banco dos réus chinês flagrado com 15 mil testes de coronavírus roubados

04.05.20 18:24

A juíza Erika Fernandes Fortes, da 13ª Vara Criminal de São Paulo, abriu ação penal contra o empresário chinês Marcos Zheng (foto) e outros 15 acusados de receptação de 15 mil testes de coronavírus roubados, além de equipamentos de proteção contra a pandemia. A magistrada manteve a prisão preventiva dos acusados. Eles respondem também por associação criminosa.

Zheng, que é presidente da Associação Shangai do Brasil, diz promover ‘laço de amizade’ entre Brasil e China. Ele já chegou a apresentar banqueiros chineses ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), em reunião registrada na agenda do Palácio dos Bandeirantes. Também diz ter intermediado a relação entre o governo paulista e hospitais chineses para combater a pandemia.

O empresário, no entanto, foi preso em flagrante no dia 11 de abril em operação da Polícia Civil de São Paulo, na sede da entidade, com a carga que teria sido roubada de uma importadora após chegar ao aeroporto de Guarulhos.

Além de Zheng, outros 14 foram presos naquele mesmo dia, quando pediram R$ 3 milhões pela carga. Um delegado de polícia se passou por empresário para negociar o repasse. Quando chegou ao local, deu voz de prisão. Também foram apreendidas 2 milhões máscaras e outros equipamentos de proteção.

O advogado Daniel Bialski, que defende Zheng, afirma que o ‘recebimento da denúncia afronta não só a prova documental, mas testemunhal coligida na fase Policial porque o próprio relatório final externa a inexistência de prova cabal e direta da participação de Marcos em qualquer ilicitude’. “Desde logo, isso foi e será contestado, no primeiro grau e nas instâncias superiores”.

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