Agëncia Brasil

Juiza nega pedido da Petrobras para acessar material do BTG

02.02.20 16:30

A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal em Curitiba, negou o pedido da Petrobras para acessar o material apreendido pela Polícia Federal na sede do banco BTG e na residência de seu dono André Esteves para utilizar em uma disputa comercial que ela trava com o banco. Os endereços do BTG foram alvos de buscas na 64ª fase da Lava Jato deflagrada em agosto do ano passado. A operação mirou suspeitas de irregularidades envolvendo a venda de ativos da Petrobras na África para o banco de André Esteves.

A decisão da juíza Gabriela é do dia 28 de janeiro e leva em consideração a recente determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de suspender todas as perícias em materiais apreendidos no banco até que o STF se debruçasse sobre o tema. “Diante de tal contexto (em referência à decisão de Toffoli), por ora, indefiro o requerimento da Petrobras. Caberá à estatal acompanhar o desenrolar do caso, ficando livre para apresentar novo pedido oportunamente”, assinalou a magistrada de Curitiba na decisão.

Como mostrou Crusoé, a estatal tenta acesso aos documentos que originaram a investigação e ao material apreendido pela PF  para utilizar na disputa que se desenrola no Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá. A arbitragem tem relação com a Sete Brasil, empresa criada pela Petrobras para explorar a construção de sondas para o pré-sal. Após a Lava Jato, a empresa passou por problemas financeiros e foi acionada por seus sócios, entre eles o BTG, para ressarcir prejuízos.

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  1. Qual o interesse da Petrobras para analisar a documentação apreendida na sede do banco BTG? Será que internamente ainda existem tentáculos dentro da própria petroleira para defender os amiguinhos do antigo governo. Disputa comercial mero disfarce para justificar tal pedido.

    1. atrapalhando não, cumprindo sua função constitucional de ajudar os inocentinhos injustamente acusados de bandalheira, né?

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