Juca Varella/Estadão Conteúdo

Investigação sobre pagamentos da Oi para Lulinha está parada há 5 meses

20.09.20 08:02

Enviada para São Paulo após decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a investigação sobre os pagamentos milionários da Oi/Telemar para empresas ligadas a Fábio Luis Lula da Silva, o Lulinha (foto), está parada desde abril.

Batizada de Mapa de Mina, a ação da Polícia Federal de Curitiba foi deflagrada em dezembro de 2019. Em março deste ano, o TRF-4 tirou o caso da força-tarefa paranaense e o enviou para a capital paulista. Em abril, a 10ª Vara Criminal em São Paulo recebeu a documentação sobre a investigação e, em maio, o Ministério Público Federal teve acesso aos autos. Desde então, o material repousa numa das gavetas da força-tarefa do MPF.

A justificativa para a lentidão é que estaria sendo apurada uma possível conexão com os casos da Lava Jato de São Paulo. A questão é que o MPF nem sequer enviou para a PF a investigação, sem a qual não é possível cumprir qualquer diligência.

Lulinha e seus ex-sócios são investigados pelos contratos de 132 milhões de reais firmados entre a Oi/Telemar e empresas do grupo empresarial Gamecorp/Gol. A suspeita é de que os pagamentos para as empresas do filho do ex-presidente seriam contrapartidas a decisões de Lula em benefício do setor de telefonia.

Outra suspeita dos investigadores é de que parte dos valores pode ter sido utilizada na compra do famoso sítio de Atibaia, responsável pela condenação do petista a 17 anos de prisão.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO