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‘Idiotas que não servem para nada’, diz Bolsonaro sobre estudantes ‘antifascistas’

04.06.20 21:01

Jair Bolsonaro (foto) chamou de “marginais” e “viciados” os manifestantes autointitulados “antifascistas” que participaram de atos pró-democracia nos últimos dias e promoverão novos protestos no próximo domingo, 7. O chefe do Palácio do Planalto ainda classificou como “idiotas que não servem para nada” os estudantes que integram o movimento.

O chefe do Planalto pediu que as pessoas não compareçam aos atos. “Fica em casa, vai para outro lugar qualquer, mas não participe. Deixe-os mostrar o que é democracia para eles. Eu não estou torcendo para ter quebra-quebra, mas a história nos diz que esses marginais de preto, que vão com soco inglês, punhal, barra de ferro, coquetel molotov geralmente apedrejam, queimam bancos, queimam estações de trem e outras coisas mais”, disse em transmissão ao vivo nesta quinta-feira, 4.

De acordo com Bolsonaro, “governadores que têm compromisso com a democracia de verdade, a Constituição, as leis, a família e o bem-estar da população estão se preparando para reagir, caso esse pessoal ultrapasse o limite da racionalidade”.

O presidente fez um apelo para que os pais não autorizem os filhos a ir às ruas e atacou estudantes. “Se você pegar 100 desses aí, a maioria, uma parte considerável é estudante. Se botar num canto e aplicar a prova do Enem, acho que ninguém tira 5. Não sabe interpretar um texto, não sabe nada. São uns idiotas que não servem para nada”, disparou, acrescentando que eles seriam usados como “massa de manobra”.

O chefe do Executivo lamentou que a Lei Antiterrorista não alcance o movimento antifascista. “Não é porque está escrito numa faixa ‘democracia’ que os caras estão defendendo a democracia. Os caras estão ali fazendo um papel, no meu entender, de terroristas. Infelizmente, não está tipificado como terrorismo. Tirou-se isso aí da legislação no passado. E acredito que teremos dificuldade para aprovar um projeto nesse sentido.”

Em contrapartida, Bolsonaro agradeceu os apoiadores que realizaram, aos domingos das últimas semanas, atos pró-governo pelo país. Ele minimizou o uso de bandeiras em defesa da intervenção militar e do fechamento do Congresso Nacional, usualmente vistas nestas manifestações.

“Eu nunca convoquei ninguém para movimento nenhum, tá? Não potencializei nas minhas redes sociais. Eu agradeço todos aqueles que participaram de movimentos patrióticos no corrente ano. Lamentavelmente, um ou outro, coloca uma faixa lá mais esquisitas, que não tem nada a ver com democracia, mas é um direito dele colocar a faixa lá. Quer que faça o quê?”, questionou.

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