Adriano Machado/Crusoé

Guedes afirma que governo não usará dinheiro de precatórios para bancar Renda Cidadã

30.09.20 16:24

O ministro da Economia, Paulo Guedes (foto), disse nesta quarta-feira, 30, que o Renda Cidadã, que deve substituir o Bolsa Família a partir de 2021, não pode ser financiado por um “puxadinho”. O chefe da equipe econômica manifestou-se dois dias após participar da coletiva em que o governo e congressistas anunciaram que o novo programa social seria bancado com recursos de precatórios e do Fundeb.

A proposta foi duramente criticada por especialistas, parlamentares e ministros do Tribunal de Contas da União, o TCU, e, de acordo com o ministro, não será concretizada. “Nós temos que aterrissar o auxílio emergencial em um programa social robusto, consistente e bem financiado. Como é uma despesa permanente, tem de ser financiada por uma receita permanente. Não pode ser financiado por um puxadinho, por um ajuste. Não é assim que se financia o Renda Brasil [antigo nome do Renda Cidadã]. É com receitas permanentes”, declarou.

O chefe do Ministério da Economia declarou que “há muito barulho a respeito do que vai acontecer, de quem vai está financiando o que”. Ressaltou, entretanto, que precatórios são “dívidas líquidas e certas” e que a gestão Jair Bolsonaro somente os analisou porque há um crescimento forte da despesa, sem jamais pensar em fazer uso do dinheiro para custear a renda básica.

“Ninguém vai botar em risco a liquidação de dívidas do governo brasileiro. O governo vai pagar tudo. Agora, ele tem que examinar quando há despesas crescendo explosivamente. Não para financiar programas, porque aquilo ali não é uma fonte regular, saudável, limpa, permanente e previsível. Agora, é natural que, se queremos respeitar o teto, passemos uma lupa em todos os gastos.”

Guedes ainda voltou a defender a junção de projetos para a criação do Renda Cidadã, em contrariedade com o que deseja o presidente Jair Bolsonaro. “Tivemos lá atrás a fusão de dois ou três programas sociais, como o vale transporte, vale gás, bolsa-escola. Juntamos estes três programas e virou o Bolsa Família. Da mesma forma, agora, podemos juntar 27 programas sociais, dar uma calibragem adicional, para que seja um pouso suave, um local de aterrisagem para o auxílio emergencial”, observou.

De acordo com o ministro, o governo não está “desviando” de seus projetos iniciais. “O Pacto Federativo, com os gatilhos, com as propostas de devolução dos orçamentos públicos para a classe política seguem para o Senado; a reforma administrativa já entrou na Câmara; a tributária está indo por fases para a comissão mista”, listou.

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  1. Bolsonaro só pensa naquilo! Que tal começar a trabalhar pelos brasileiros e não pra a famiglia Bolsonaro? Só se fala em Renda Cidadã, cpmf, precatórios, etc. Vamos falar de reforma administrativa, corte fundo das mordomias em todos os níveis do funcionalismo, vamos privatizar tudo, existe muito dinheiro jogado fora, bilhões de reais em mordomias, vantagens e privilégios absurdos. Precisa ter coragem, deixar de ser covarde e enfrentar a casta dos privilegiados. Comece a trabalhar presidente.

  2. Paulo Guedes, o mintomaníaco não é nada confiável, o que fala hoje, amanhã ele desmente até a si mesmo. É mentiroso, ignorante e incompetente. Não tem estima por nenhum dos seus asseclas e não lhes reconhece valor algum . Se estiver em surto psicótico, descarta e decreta-lhe a morte moral, se não for conforme suas alucinações , sem só nem piedade.

    1. Pelo Bozó, né? Ele passou 28 anos na Câmara dizendo que ninguém o levava a sério, agora ele tem a caneta na mão de continua com a mesma conversa? Pra nós aqui, um incompetente e outras cositas a mais, né?

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