Antônio Cruz/Agência Brasil

GSI admite que recebeu advogadas de Flávio, mas nega ação em favor do senador

23.10.20 19:49

Chefiado pelo general Augusto Heleno, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, GSI, admitiu nesta sexta-feira, 23, que analisou relatos feitos pelas advogadas de Flávio Bolsonaro sobre supostas irregularidades em relatórios da Receita Federal, que, na concepção da defesa do senador, poderiam interromper ou anular as investigações sobre um esquema de “rachid” no antigo gabinete do filho 01 de Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, a Alerj.

O caso foi revelado pela Época. A discussão sobre os documentos ocorreu em uma reunião entre os advogados de Flávio, Augusto Heleno, o presidente Jair Bolsonaro e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem. O encontro não consta das agendas oficiais das autoridades.

Em nota, o GSI informou que as “denúncias” foram levadas a Augusto Heleno, “em tese, por atingir integrante da família presidencial”. “Entretanto, à luz do que nos foi apresentado, o que poderia parecer um assunto de segurança institucional, configurou-se como um tema, tratado no âmbito da Corregedoria da Receita Federal, de cunho interno daquele órgão e já judicializado”, completou.

O órgão alegou que “não realizou qualquer ação decorrente”. “Entendeu que, dentro das suas atribuições legais, não lhe competia qualquer providência a respeito do tema”, diz o texto.

Flávio Bolsonaro é investigado pelo Ministério Público do Rio por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, assim como seu ex-assessor Fabrício Queiroz. A apuração teve início a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, Coaf, que apontou movimentações atípicas entre assessores e ex-assessores de deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio. Um dos citados era Queiroz com transações atípicas num total de 1,2 milhão de reais.

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