Adriano Machado/Crusoé

Grupo de deputados quer tirar benefícios a policiais no segundo turno da reforma

22.07.19 07:01

Um grupo de deputados de partidos como Cidadania, PSB, PDT e até do DEM organiza, nos bastidores, um movimento para condicionar o voto favorável à reforma da Previdência no segundo turno à exclusão de regras mais brandas a policiais e agentes federais de segurança pública da proposta.

O movimento reúne, até o momento, 20 deputados que votaram a favor da matéria no primeiro turno, há cerca de duas semanas, e já chegou ao conhecimento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, principal articulador da reforma.

O grupo reclama que, após o primeiro turno (foto), deputados do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, passaram a criticar o acordo que viabilizou a aprovação de regras mais brandas de aposentadoria para profissionais da segurança. Os parlamentares do PSL queriam ainda mais vantagens para a categoria.

As críticas do PSL constrangem deputados que aceitaram votar a favor dos privilégios aos policiais para facilitar a aprovação da reforma. “Eles querem sair de bonzinhos e estão botando a gente numa situação política difícil”, reclamou a Crusoé um deputado do Cidadania.

Esses parlamentares insatisfeitos querem, agora, que o próprio PSL ou o Novo apresentem uma emenda para suprimir do texto aprovado em primeiro turno o trecho referente aos agentes federais de segurança. Do contrário, dizem que vão votar contra a reforma no segundo turno.

O trecho que querem excluir permite policiais da ativa se aposentarem antes da idade mínima de 55 anos. Pela regra aprovada em primeiro turno, policiais homens poderão se aposentar aos 53 anos, e as mulheres, aos 52, desde que cumpram um pedágio.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO