Adriano Machado/Crusoé

Governo impõe sigilo de 100 anos sobre crachá de Carluxo

31.07.21 08:03

O governo de Jair Bolsonaro impôs sigilo de 100 anos sobre as informações referentes aos crachás de acesso ao Palácio do Planalto expedidos em nome dos filhos do presidente da República. A existência dos cartões usados por Carlos e também por Eduardo Bolsonaro para acessar a sede do governo foi revelada pela própria Presidência da República, em documentos públicos enviados à CPI da Covid no mês passado.

“As informações solicitadas dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem dos familiares do senhor Presidente da República, que são protegidas com restrição de acesso, nos termos do artigo 31 da Lei nº 12.527, de 2011”, diz a Secretaria-Geral da Presidência, em documento encaminhado a Crusoé por meio da Lei de Acesso à Informação.

O dispositivo citado pelo Planalto determina que “as informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem terão seu acesso restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos”. 

Como mostrou Crusoé, Carlos Bolsonaro usou seu crachá para visitar o Palácio do Planalto 32 vezes, entre abril de 2020 e junho de 2021. Uma planilha elaborada pela Casa Civil mostra que o filho 02 de Jair Bolsonaro tem acesso livre ao terceiro andar do palácio e ao próprio gabinete da Presidência. Eduardo Bolsonaro, por sua vez, esteve no gabinete presidencial em três oportunidades, todas em abril de 2020.

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