Governo da BahiaRui Costa

Governador do PT sugere que prefeitos mantenham feiras e comércio abertos

26.03.20 17:12

O governador da Bahia, Rui Costa (foto), do PT, parece estar alinhado com o presidente Jair Bolsonaro no que diz respeito à reação à pandemia do novo coronavírus. Em transmissão ao vivo pelo Youtube nesta quinta-feira, 26, o petista sugeriu a prefeitos de municípios baianos sem casos confirmados da Covid-19 que mantenham o comércio e feiras livres funcionando. Ele defendeu, porém, que festas e aulas continuem suspensas.

Costa disse respeitar a autonomia dos municípios, mas afirmou que tem dado uma “sugestão” aos prefeitos que o procuram. “No município que não tem caso confirmado, eu não sugiro, não faria fechamento de feira livre. Se no meu município não tem nenhum caso confirmado, não vejo sentido em fechar feira livre. O que a gente pode tomar cuidado é de uma barraca para outra, se era uma junto da outra, espaça, bota dois metros”, afirmou.

“Não acho necessário cancelar feira livre, até porque é o local que o agricultor pobre, que fez lá o seu cultivo da sua mandioca, da sua farinha, do seu mel, da sua hortaliça, precisa vender, e as pessoas na cidade precisam comprar para se alimentar. O comércio, na minha opinião, a mesma coisa”, acrescentou. Para o governador, o certo é só fechar as feiras e o comércio quando tiver  no município ou na cidade vizinha um caso confirmado da doença.

O petista defende que as medidas de restrição devem ser “gradativas, crescendo de acordo com a situação”. “Vamos deixar para tomar medida drástica no momento correto, até porque as pessoas vão se estressando se ficarem confinadas e vai chegar o momento que vamos precisar tomar essas medidas duras. (…) Se tomar uma semana antes a medida, pode ser que, quando precisar tomar a medida, o povo já não aguenta mais”, declarou.

Desde as primeiras fases do coronavírus no Brasil, Bolsonaro também vem adotando discurso de que é preciso manter o comércio funcionando, para evitar o aumento do desemprego e, consequentemente, o agravamento da crise econômica. O presidente, porém, é mais radical que o governador da Bahia e defende que até mesmo as escolas voltem a funcionar, deixando isolados apenas idosos e outros integrantes do grupo de risco.

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