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Gilmar anula busca feita pela Lava Jato na casa de dono da Caoa

26.02.20 19:30

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, anulou a busca e apreensão feita há seis meses pela Lava Jato na casa de Carlos Alberto de Oliveira Andrade (foto), dono do Grupo Caoa. O empresário é suspeito de ter recebido repasses ilícitos no esquema da Odebrecht.

Na decisão, Gilmar afirma que a medida determinada em agosto de 2019 pela juíza federal Gabriela Hardt, da 13ª Vara Criminal de Curitiba, se baseou em indícios “frágeis” e “vagos” apresentados pela força-tarefa do Paraná.

“Como se depreende da decisão que determinou a busca e apreensão em endereço do requerente, sua fundamentação é, de fato, bastante precária e não traz elementos concretos aptos a fundamentar a realização da medida”, afirmou Gilmar. O material apreendido deverá ficar acautelado em autos apartados.

O dono do grupo Caoa foi um dos alvos da Operação Pentiti, 64ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em agosto do ano passado como desdobramento do acordo de colaboração do ex-ministro Antônio Palocci, que recebeu 4,5 milhões de reais da Caoa em 2010.

No pedido de busca e apreensão deferido pela juíza Gabriela Hardt, a Lava Jato apontou o registro de uma entrega de 500 mil reais em um endereço ligado ao empresário da Caoa encontrado na planilha “Italiano” da Odebrecht.

“Ainda, em relação ao terceiro pagamento de R$ 500 mil realizado em 04/04/2012, constatou-se que no endereço indicado – Rua Antilhas, 181 – Jardim América – São Paulo – situava-se a residência de Carlos Alberto de Oliveira Andrade”, diz trecho da decisão da juíza Gabriela Hardt.

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