Adriano Machado/Crusoé

Pazuello só fez reunião às vésperas do colapso em Manaus, diz gerente de empresa de oxigênio

22.02.21 20:56

Em depoimento ao Ministério Público Federal, o gerente da White Martins, Christiano Cruz, afirmou que representantes da empresa, responsável pelo fornecimento de cilindros de oxigênio ao Amazonas, conseguiram uma reunião com o Ministério da Saúde somente às vésperas do colapso do sistema de Manaus. As informações são do jornal O Globo.

A equipe de Eduardo Pazuello recebeu um ofício da empresa no dia 8 de janeiro alertando sobre a insuficiência dos estoques de oxigênio, mas só se reuniu com a White Martins no dia 11. Três dias depois, houve desabastecimento e pacientes morreram nos hospitais.

Christiano falou ao MPF como testemunha no âmbito do inquérito civil que investiga as responsabilidades sobre o colapso na rede de saúde do estado em janeiro. “Do Ministério da Saúde, nesse primeiro momento, não havia ninguém. Só havia as pessoas relacionadas à Secretaria de Saúde do Estado. O primeiro contato que eu tive com o Ministério da Saúde foi numa reunião, que foi agendada por intermédio da Secretaria de Saúde do Estado do Amazonas, é que a gente teve contato com o ministro Pazuello e acredito que com o assessor dele, o senhor Airton Cascavel. Isso foi no dia 11 de janeiro“, afirmou.

No relato, o gerente de desenvolvimento de negócios medicinais da White Martins declarou ainda que a conversa com Pazuello foi “muito curta“. Segundo Christiano, o ministro apenas encaminhou o assunto ao coronel Nivaldo Moura Filho, responsável por cuidar da logística dos voos da Força Aérea Brasileira que levariam cilindros de oxigênio para reforçar o estoque.

A reunião foi pra falar de oxigênio, das dificuldades de logística, do incremento do consumo e da necessidade de apoio do ministério pra White Martins e Estado do Amazonas. E ficou claro pra eles do aumento do consumo, dos desafios que a gente teria pra frente. Imediatamente o Airton Cascavel [assessor do ministro], junto com o Pazuello, chamou o coronel Moura Filho, que não estava participando da reunião, mas estava presente na residência, ele nos apresentou e pediu para que desse o suporte necessário para que a operação acontecesse. Pra que a ajuda que a gente estava pedindo fosse feita. Por isso que eu digo, a partir desse momento, dentro dessa própria reunião, é que eu conheci e comecei a ter interface com alguém do Ministério da Saúde pra tratar da questão de logística. Agora, por que eles só estavam tratando comigo naquele momento, isso não fez parte da conversa.”

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  1. Só no dia 11 ? Dia 8 foi uma sexta-feira. A que horas será que foi feito o contato ? Será que foi dia 8 as 9ha da manhã ou as 17hs da tarde ?Muito tendenciosa a reportagem. Para um órgão público foi até muito rápido.

  2. contribuições do RIO para o brasil: bolsonaro-pazuelo-sergio cabral-ulisses maia-eduardo cunha-arrastões-funk-freicho-sotaque INSUPORTÁVEL- o brasil naõ quer ser a venezuela, o brasil nao que ser o RIO.

    1. Akuma, se for fazer uma lista do Rio de Janeiro, vai ser mais comprida que esperança de pobre.

  3. Coisas do pazuêle, cooooiiiiisas do pazuêle, né mesmo???? Todo mundo vê, menos as """instâncias""" irresponsáveis, é ou não é????

  4. Ele segue ordens, conforme já deixou claro na célebre e triste frase dita por um Ministro General: "Manda quem pode obedece quem tem juízo". Mas quem num cargo de relevada importância segue ordens absurdas e com sérias consequência tem que responder por isso.

    1. Sandra é isso mesmo. O bozolula manda i pazzuello abaixa a cabeça e obedece.

  5. Antes disseram que o Ministério tinha sido avisado ainda no ano passado. Agora foi no dia 8/1 e três dias depois já houve a reunião 11/1. Acho até que foi rápido demais para os padrões da burocracia brasileira conseguir, nesse curto espaço de tempo, uma reunião direta com um ministro. Não entro no mérito da reunião e acho inaceitável o que aconteceu em Manaus. Refiro-me apenas ao tempo referido.

    1. Os cientistas avisaram sobre o colapso no início de dezembro, depois que o governador, a serviço dos bozistas, liberou o comércio. Dia 4 de janeiro, o governo estadual bozista pediu apoio ao ministério. Ao invés de agir com a urgência devida, o general ruela preferiu apostar na morte das pessoas por falta de ar. Este ê o Bozismo que conhecemos: incompetente e genocida! Quem bate palmas para este governo, genocida é!

    2. Lembrando que o dia 8/01 foi sexta-feira e a reunião ocorreu na segunda. Parabéns ao General Pazzuelo e sua equipe.

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