U. Detmar/STF

Faltam bombeiros em nova crise entre Bolsonaro e STF

12.04.21 14:31

A nova crise de Jair Bolsonaro com o Supremo Tribunal Federal conta com um diferencial negativo para o Planalto: faltam intermediários para refazer a ponte, que implodiu de vez depois que o presidente discutiu, numa conversa com o senador Jorge Kajuru, posteriormente tornada pública, maneiras de chantagear ministros do STF para que não aprovassem em plenário a instalação da CPI da Covid.

Cotado para a sucessão de Marco Aurélio Mello na corte, André Mendonça atuava como um dos principais interlocutores do governo no tribunal. O advogado-geral da União costumava se destacar pelo bom trânsito no STF e era prestigiado pelos integrantes da corte.

De tempos para cá, no entanto, a relação azedou. A situação piorou na semana passada, quando o advogado-geral da União afirmou que “cristãos estão dispostos a morrer para garantir a liberdade de religião e de culto”, durante julgamento no STF sobre a liberação de celebrações religiosas no momento mais crítico da pandemia. A declaração causou perplexidade entre ministros.

Outro nome que atuava com desenvoltura nos bastidores do Supremo em favor de Bolsonaro, o general Fernando Azevedo e Silva não integra mais os quadros do governo federal. Demitido do comando do Ministério da Defesa há duas semanas, o militar transitava bem no Supremo graças à proximidade com Dias Toffoli, a quem assessorou na corte.

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