Fala de Bolsonaro sobre ‘guerra química’ coloca a Abin no alvo da CPI

As insinuações do presidente Jair Bolsonaro contra a China e suas declarações de que a pandemia de Covid pode ser parte de uma “guerra química” repercutiram na CPI da Covid nesta quinta-feira, 6. O senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, apresentou um requerimento para a convocação do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem (foto).

“É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí”, disse Bolsonaro, em evento no Planalto, na quarta-feira. “Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês”, afirmou o presidente, em uma clara referência à China.

“Precisamos ouvir o responsável pela Abin, para explicar se essa guerra química existe. Se não existe, trata-se de um verdadeiro boicote intencional à compra e ao envio de vacinas da China”, justificou Tasso Jereissati.