Adriano Machado/Crusoé

Fachin decide levar inquérito que censurou Crusoé a plenário do STF

14.05.19 20:52

O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin (foto) decidiu levar para o plenário da corte o pedido de liminar feito pela Rede Sustentabilidade para suspender o inquérito sigiloso sobre supostos ataques ao STF. Foi no âmbito do inquérito, aberto pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, que o ministro Alexandre de Moraes, escolhido arbitrariamente para conduzir o inquérito, determinou a censura a Crusoé e ao Antagonista.

Moraes ordenou que as duas publicações retirassem do ar uma reportagem baseada em um documento que constava dos autos da Lava Jato e mostrava que Marcelo Odebrecht usou o codinome “o amigo do amigo de meu pai” para se referir a Dias Toffoli em uma troca de e-mails. Ele também mandou o jornalista Mario Sabino, publisher de Crusoé, prestar depoimento à PF, sem que se soubesse em qual condição. Dias depois, Moraes voltou atrás da decisão, afirmando que a censura não era censura.

Fachin pediu nesta terça-feira, 14, que Dias Toffoli inclua o caso na pauta do plenário. Cabe ao presidente do tribunal marcar a data do julgamento.

Para a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o inquérito tem de ser encerrado por apurar fatos genéricos, de maneira sigilosa, sem que se saiba claramente quais são os alvos e sem a participação do Ministério Público. A investigação recebeu diversas críticas, inclusive de outros ministros da corte, como Marco Aurélio Mello, que a consideram inconstitucional.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
Mais notícias
Assine agora
TOPO