Theo Marques/FramePhoto/Folhapress)

Fachin: Cabral delatou ‘organizações criminosas em rede’ no Legislativo, Judiciário e MP

21.02.20 16:11

Na decisão em que homologa o acordo de colaboração premiada assinado entre o ex-governador Sérgio Cabral (foto) e a Polícia Federal, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, o STF, transcreve um trecho das revelações do ex-governador em que ele aborda os alvos de sua delação.

Segundo Fachin, Cabral afirmou ao delegado responsável pelo acordo que sua delação tem por finalidade revelar “verdadeira atuação de organizações criminosas em redes – ou seja, duas ou mais organizações criminosas atuando unidas para a consecução de objetivos em comum – no seio do poder central de âmbito federal e do Estado do Rio de Janeiro, principalmente no âmbito dos Poderes Legislativos e Judiciário, além do Ministério Público”.

Ainda segundo a decisão de Fachin, nos 21 anexos homologados, Cabral se “coloca na condição de corruptor ativo das autoridades delatadas ou de intermediador de outros corruptores”.

Como mostrou Crusoé em sua edição 94, entre as autoridades citadas no acordo de Cabral estão os ministros Humberto Martins e Napoleão Nunes Maia Filho, os dois do Superior Tribunal de Justiça. Martins é também o atual presidente do Conselho Nacional de Justiça, responsável por investigar e punir magistrados envolvidos em irregularidades.

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